Nos próximos 30 dias, um ônibus elétrico e um movido a biometano, vão rodar a cidade de Belo Horizonte, sem passageiros, para testes. Isso faz parte de um plano da prefeitura que quer que até 2030, 40% da frota de ônibus na cidade seja substituída por veículos elétricos e movidos a energia limpa.
O objetivo é reduzir a emissão de gases poluentes no trânsito na cidade. Até lá, o Executivo municipal espera que os consórcios que operam o transporte público da capital mineira comprem os veículos. Pelos cálculos da prefeitura, a renovação de toda a frota custaria R$ 6 bilhões.
Em coletiva de imprensa, ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), o prefeito da capital, Fuad Noman (PSD), disse que estudam como o projeto será financiado.
“Estamos estudando essas possibilidades. O BNDES tem recursos, o Banco Mundial tem recursos, estamos trabalhando, logicamente, junto ao governo federal, para ver um auxílio para isso. Estamos falando em recursos muito altos, se formos trocar toda a frota, são R$ 6 bilhões. Então, não é possível fazer tudo de uma vez”, explica o prefeito.
Fuad Noman disse, ainda, que os custos para implementação dos ônibus elétricos podem compensar no médio e longo prazo.
“Ele custa três vezes mais, mas dizem que o custo de operação é cinco vezes mais barato”, calcula.
O ministro Alexandre Silveira manifestou apoio do Governo Federal ao plano, e sinalizou que há várias possibilidades de investimento no projeto, principalmente através do BNDS.
“Há linhas de financiamento muito robustas para a transição energética mas há, principalmente, uma confiança no Brasil. Esse diálogo o governo federal voltou a ter com o mundo e o presidente Lula se dedicou muito nesses primeiros meses de governo a isso”, diz.