A movimentação ainda era tímida na chegada à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, no início da manhã de quinta-feira (7), mas, o forte aparato policial, as grades instaladas e a decoração nas cores verde e amarelo indicavam os últimos ajustes para o início da cerimônia do 7 de Setembro, na capital federal. A solenidade é a primeira do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde a posse presidencial e dos ataques violentos às sedes dos Três Poderes no 8 de Janeiro, e promete ser um teste para as forças militares após invasões ocorridas na data — apesar da ausência de alerta para manifestações.
A Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto calcula que cerca de 30 mil pessoas estarão presentes na cerimônia que deverá começar às 9h, e autoridades públicas são aguardadas. Entre elas estão os ministros que compõem o corpo da Esplanada dos Ministérios, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco.
As informações inicialmente repassadas por interlocutores do Governo Federal dão conta de que o presidente Lula não irá discursar para o público que assiste o desfile cívico-militar das Forças Armadas e da Secretaria de Educação do Distrito Federal.
Nessa quarta-feira (6) à noite, o petista emitiu um posicionamento ao longo de oito minutos na cadeia nacional de rádio e televisão. Nele, Lula ressaltou os programas sociais reiniciados ou construídos pelo governo nos nove primeiros meses deste ano e garantiu que o 7 de Setembro, neste ano, seria uma data sem ódio ou violência.