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Lula admite necessidade de Reforma Ministerial para ‘dar tranquilidade ao governo em votações importantes’

Presidente não define data em que irá bater o martelo sobre a Reforma Ministerial, que já se arrasta há mais de dois meses

Presidente Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma analogia aos jogos de futebol, ao falar da Reforma Ministerial, que está prevista para ocorrer este mês, para incluir o Progressistas e o Republicanos na base do governo no Congresso Nacional. Durante o programa Conversa com o Presidente, Lula afirmou nesta terça-feira (5) que a decisão de mudar o comando das pastas é difícil, mas enfatizou que as trocas fazem parte da política.

Lula lembrou que os técnicos realizam mudanças ao longo das partidas de futebol para melhorar o time. O presidente não definiu ainda, quais mudanças serão efetuadas no governo. “É sempre muito difícil chamar alguém e dizer que vai precisar do ministério para atender um acordo com um partido político. O governo tem umas propostas importantes para aprovar no Congresso Nacional. Os deputados não são obrigados a votar com o governo, por mais que o Haddad seja simpático, que eu seja simpático. Mas as pessoas não são obrigadas a votar naquilo que a gente faz, elas votam no que acreditam. Precisamos construir maioria, para dar tranquilidade ao governo nas mudanças que nós precisamos fazer, para aprovar determinadas coisas, e que outras indigestas não sejam aprovadas”, justificou Lula.

O presidente vem debatendo a Reforma Ministerial há mais de dois meses. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, que é o responsável pelo Bolsa Família, tem sido cobiçado pelo progressistas, partido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. A legenda também deve ficar com a presidência e vice-presidência da Caixa. Já o Republicanos, que também deve integrar o governo, está de olho no Ministério dos Portos e Aeroportos, atualmente comandado por Márcio França (PSB).

Repórter da Itatiaia desde 2018. Foi correspondente no Rio de Janeiro por dois anos, e está em Brasília, na cobertura dos Três Poderes, desde setembro de 2020. É formado em Jornalismo pela FACHA (Faculdades Integradas Hélio Alonso), com pós-graduação em Comunicação Eleitoral e Marketing Político.