O representante da empresa Transoeste, Fabiano Borges, prestou depoimento nesta quinta-feira (31) na CPI dos Ônibus sem Qualidade, na Câmara Municipal de BH, e comentou o acidente de um ônibus que perdeu o controle e atingiu uma casa em uma rua na região do Barreiro.
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A suspeita é que o veículo da linha 318 perdeu o freio. Segundo Borges, tudo do ônibus estava em dia, envolvendo documentações e vida útil dos pneus.
“Gostaria de iniciar essa oitiva externando minha preocupação e tristeza com um acidente que aconteceu hoje, no Bonsucesso. Agradecemos a Deus por não ter ocorrido nenhuma morte, mas os relatos é que o ônibus estava cheio e ficou sem freio. Isso é preocupante. Uma triste coincidência que no dia que ouvimos o Fabiano, responsável pela empresa, aconteça esse acidente. Queria saber o que ele tem a nos dizer”, afirmou o vereador Wesley Moreira (PP).
Fabiano Borges afirmou que o veículo é de 2014 e estava com toda a documentação e revisão em dia.
“Realmente, o fato aconteceu hoje, o carro é o veículo 30536, está regularizado, com autorização de tráfego em dia e com a situação em dia com os pneus (regularizada). Então, quando se fala que perdeu o freio, temos que ter uma apuração dos fatos. O veículo já está sendo periciado para ver o que foi, se foi falha humana ou falha mecânica”, explicou Borges.
Críticas de vereadores
O representante da empresa concessionária de ônibus foi questionado por vários vereadores sobre outros problemas enfrentados por usuários do transporte coletivo da capital mineira.
“A situação da Transoeste no Barreiro está insustentável. Quero que vocês prestem um serviço adequado em nosso bairro. Teve uma época que vocês ganharam muito dinheiro. Não tinha Ubber, não tinha transporte alternativo, aplicativo de moto. Desde 2008 essas mesmas empresas estão operando em BH. O que falta é investimento. A situação no Barreiro está insustentável”, afirmou Juliano Lopes (Agir).
O representante da Transoeste afirmou que os problemas enfrentados pelos usuários dos ônibus em BH são conhecidos pelas empresas, mas que faltam recursos para solucionar os problemas.
“O que você falou, tudo procede. Mas você está contando o final do filme. E o início do filme? Porque chegou nessa situação? Temos uma ação de R$ 2 bilhões contra a prefeitura, só minha parte nessa ação é R$ 80 milhões. Se eu tivesse com meus R$ 80 milhões, nada disse teria acontecido. Então, para chegar nesse caos, temos inúmeros protocolos com a PBH avisando que ia chegar nesse caos”, disse Fabiano Borges.