A reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Sandra Goulart Almeida defendeu mais investimentos em pesquisa durante audiência pública no Senado Federal nesta quarta-feira (23).
Em entrevista à Itatiaia, ela disse que os senadores ficaram sensibilizados e entenderam a importância de ampliar os investimentos em ciência e tecnologia no país, que podem contribuir para alavancar o Produto Interno Bruto (PIB) do país, além de trazer retorno para as comunidades que ficam no entorno das universidades.
“Podemos voltar para Minas Gerais com esperança de que, de fato, os senadores da comissão estão sensibilizados com a situação não apenas das universidades e institutos, mas com a ciência e tecnologia do país. Colocamos algumas questões centrais, o país tem perdido muito espaço internacional por conta da retração em investimentos em ciência e tecnologia. Eles estão sensibilizados, sabemos que irão defender a causa”, festejou a reitora, após audiência na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informática do Senado.
“Se não se investir em ciência e tecnologia, não há futuro no país nessa área, e ficaremos cada vez menos competitivos no cenário internacional”, enfatizou.
Durante o debate, Sandra Goulart ressaltou que a UFMG está desenvolvendo duas vacinas, a Spin tec, a primeira vacina 100% brasileira para tratar casos de Covid-19, além do imunizante Calix Coca, para tratar a dependência química da cocaína e do crack.
“São dois avanços enormes na civilização como um todo, e para o nosso país. É um orgulho enorme a UFMG poder estar à frente desses dois projetos inovadores”, ressaltou. A reitora lembrou que, este ano, houve recomposição de R$ 69 milhões para os cofres da UFMG.
“Foi a maior recomposição entre as universidades federais do país. O que isso quer dizer? Que foi a universidade que mais sofreu cortes no país. Para nós, de fato, esse corte tem sido algo complicado. Ainda mais, pensando, que fomos considerados a melhor universidade federal do país”, lembrou. Sandra Goulart garantiu que os recursos são suficientes para garantir o funcionamento da universidades e do andamento dos projetos até o fim do ano.