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Weintraub e sua esposa têm salários suspensos em universidade por faltas injustificadas

Decisão é preventiva após abertura de uma investigação interna da Unifesp; ex-ministro diz que decisão é ‘perseguição política’

Ex-ministro Abraham Weintraub teve seu salário suspenso preventivamente por universidade paulista

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) suspendeu os salários do ex-ministro de Educação Abraham Weintraub e de sua esposa, Daniela Weintraub, após um processo de apuração interna apontar faltas injustificadas do casal.

O casal, que se mudou para os Estados Unidos ainda em 2020, afirma que está sofrendo “perseguição política” na instituição.

Abraham e Daniela são professores da Unifesp no campo de Osasco, interior paulista, com carga horária de 40 horas semanais. Ele faz parte do departamento de Ciências Contábeis e ela faz parte do departamento de Ciências Atuariais.

Por meio de nota, a universidade informou que no dia 13 de abril a ouvidoria recebeu uma denúncia contra o ex-ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro. A instituição abriu um procedimento para investigar as faltas injustificáveis e uma possível situação de abandono de emprego.

“A universidade seguiu os fluxos internos institucionais para a apuração dessas ausências, suspendendo os salários dos(as) servidores(as) Abraham e Daniela Weintraub a partir do mês de abril de 2023", informou a universidade.

“Desde o dia 13 de abril de 2023, quando a Unifesp recebeu denúncia contra o servidor Abraham Weintraub, via Ouvidoria, a universidade vem adotando todas as diligências cabíveis para apurar os fatos e colher os documentos necessários para instauração de possível processo administrativo disciplinar, caso haja materialidade. O prazo para conclusão do processo, bem como as punições previstas estão determinados na Lei 8.112/1990. Cabe ressaltar que esse tipo de apuração ocorre sob sigilo, seguindo as determinações legais”, continua a Unifesp.

Live no Youtube

O ex-ministro fez uma transmissão em seu canal do YouTube e criticou a decisão da universidade, alegando que ele e sua esposa sofrem perseguição política. Ele disse que parou de dar aulas e se afastou da Unifesp no final de 2018, quando foi indicado para o ministério de Bolsonaro.

“Para criar o constrangimento, como sou concursado e tenho estabilidade, eles querem que eu renuncie. E aí, sem eu solicitar, eles depositaram dois meses de salário na minha conta. Entraram R$ 4 mil um mês e mais R$ 4 mil no outro mês, depois pararam porque falaram que eu não estou dando aula e aí estão falando que eu estou recebendo sem dar aula”, disse Weintraub.

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