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Unifesp suspende salários de Weintraub e esposa por faltas ao trabalho

Ex-ministro da Educação está sem remuneração desde abril, quando uma diligência foi aberta para apurar as ausências; defesa entrou com ação judicial contra a reitoria da universidade

Unifesp suspende salários de Weintraub e esposa; ouvidoria investiga faltas do casal ao trabalho.

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) suspendeu o pagamento dos salários de Abraham Weintraub e sua esposa, Daniela Weintraub, após denúncias de que não estavam comparecendo ao trabalho.

Ministro da Educação no governo Bolsonaro, Abraham Weintraub é professor efetivo da instituição, assim como Daniela.

A suspensão no pagamento foi feita a partir do mês de abril, quando a universidade passou a investigar as faltas denunciadas por meio da ouvidoria. “A universidade vem adotando todas as diligências cabíveis para apurar os fatos e colher os documentos necessários para instauração de possível processo administrativo disciplinar, caso haja materialidade”, disse a instituição em nota.

A Unifesp ainda informa que a apuração ocorre sob sigilo e que segue o que está determinado em lei.

A universidade também argumenta que “há um procedimento interno a ser realizado pela universidade para poder zerar os parâmetros de salário dos servidores” e que “seguiu os fluxos internos institucionais para a apuração dessas ausências, suspendendo, então, de forma preventiva, os salários de Abraham e Daniela Weintraub a partir do mês de abril de 2023, data em que ambos os processos foram instaurados”.

Quais eram o cargo e a remuneração do casal?

Abraham Weintraub atuava no departamento de Ciências Contábeis da universidade e possuía uma renda bruta de R$ 4.520,16, Segundo informações disponíveis no Portal da Transparência. Não há registro de pagamento de salário nos meses de abril e maio, período em que consta a informação de “servidor sem ficha financeira no mês”.

Já no mês de junho, a remuneração foi apresentada como gratificação natalina e deduções, o que totalizou o pagamento de R$ 658.

No caso de Daniela Weintraub, que atuava como professora efetiva do departamento de Ciências Atuariais, ela já responde a um processo administrativo disciplinar por faltas injustificadas e abandono de cargo — caracterizado após faltas por 60 dias consecutivos.

A remuneração bruta de Daniela era de R$ 6.122,77. No Portal da Transparência, não constam informações sobre pagamentos nos meses de março, abril e maio. Em junho, com gratificação natalina e deduções, ela recebeu R$ 658.

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A defesa do casal diz que três pedidos de afastamento de Daniela foram feitos, tendo sido dois deles aprovados. O terceiro está em avaliação após um pedido de perícia da universidade.

Já no caso de Abraham Weintraub, a defesa explica que os três pedidos de afastamento feitos por ele foram negados “por questões pessoais”. “Esses pedidos foram negados mesmo com a aprovação do Conselho. Com base em uma portaria da própria Unifesp e da lei dos funcionários públicos, entramos com uma ação judicial contra a reitoria”, diz a nota dos advogados enviada à CNN.

*Publicado por Pedro Jordão, da CNN

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