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Secretário de Segurança elogia Tarcísio de Freitas após operação que matou 14 pessoas no Guarujá, em São Paulo

Guilherme Derrite elogiou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) em declarações à CPI do MST, na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira

Guilherme Derrite, secretário de Segurança de São Paulo, elogiou o governador após operação no Guarujá

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, elogiou a atuação do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) após a operação que terminou com 14 mortos no Guarujá, litoral do Estado, desde a última sexta-feira (28). Convidado a responder sobre invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em São Paulo na CPI do MST, na Câmara dos Deputados, Derrite negou a ocorrência de torturas contra moradores da favela Vila Baiana, onde agiram as polícias nos últimos cinco dias.

“Apesar de não ser objeto do convite que recebi, sabia que o assunto [a operação] viria à tona. Tudo não passa de narrativa”, classificou. "É uma narrativa dizer que houve tortura, execuções… Todos os exames do Instituto Médico Legal, as necrópsias, não apontam nenhum sinal de violência, muito menos de tortura. Está tudo documentado”, afirmou. Derrite encerrou a resposta à deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) parabenizando Tarcísio de Freitas. “O que existe, pela primeira vez no Estado de São Paulo, é um governador com coragem de enfrentar o crime organizado”, acrescentou.

Operação no Guarujá. Catorze pessoas morreram e outras 58 foram presas pelas polícias de São Paulo durante ação na Baixada Santista, no litoral. A operação começou após a morte do militar Patrick Bastos Reis, que pertencia à tropa das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), na última quinta-feira (27). Em coletiva de imprensa na segunda-feira (31), o governador Tarcísio de Freitas negou excessos na operação. “Houve uma atuação profissional, que resultou em prisões. E nós vamos continuar”, disse à ocasião.

Ainda na segunda, o ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino (PSB) exigiu investigações pelas mortes registradas e indicou haver, sim, suspeitas sobre excessos da Polícia Militar (PM) nas ações. Entretanto, ele garantiu que o governo federal inicialmente não atropelaria a investigação do Estado de São Paulo. “A ouvidoria em São Paulo irá requisitar as imagens das câmeras. Com certeza, elas demonstrarão se o que aconteceu é o que afirma o governo de São Paulo, ou seja, foi uma reação aos ataques ou se houve descumprimento da lei”, declarou.

Repórter de política em Brasília. Na Itatiaia desde 2021, foi chefe de reportagem do portal e produziu série especial sobre alimentação escolar financiada pela Jeduca. Antes, repórter de Cidades em O Tempo. Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Minas Gerais.