O Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial de Minas Gerais (Senac Minas) entrou com uma ação na Justiça de Belo Horizonte pedindo a reintegração de posse do
No pedido de liminar, o Senac alega que, no dia da ocupação, as negociações com representantes de movimentos de moradia foram “infrutíferas”, e destaca que o edifício já contaria com atuações de cunho social, devido ao trabalho de qualificação do Senac, que atende pessoas de baixa renda.
“Destaca que a alegada pauta social propalada pelos invasores para justificar o esbulho enfrenta a atuação também social do SENAC, que é uma ‘entidade de serviço social autônomo vinculado ao sistema sindical, foi criado em 1946 com o múnus de prover em suas escolas e centros de ensino, a formação profissional de jovens aprendizes e a qualificação de comerciários adultos’’, diz trecho da ação impetrada junto à Justiça.
Nesta terça-feira (1º), o juiz José Ricardo dos Santos de Freitas Véras encaminhou o processo à Comissão de Solução de Conflitos Fundiários. Uma comissão deve ser criada em 30 dias, para tentar uma condução pacífica do processo de reintegração, além de uma visita técnica para avaliar como se daria o ato de retomada do edifício.
Ainda nesta terça, representantes dos movimentos de moradia, do Senac e do Governo de Minas se reúnem para tentar uma negociação.
Ocupação Maria do Arraial
O Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) ocupou, no dia 28 de julho, um prédio localizado na rua da Bahia, no centro de Belo Horizonte. O edifício pertence ao Senac Minas, está fechado desde antes da pandemia, e 250 famílias sem-teto estão vivendo no local desde então.
“A Ocupação Maria do Arraial denuncia a situação das várias famílias que sofrem com a falta de moradia digna e
Na ocasião, o Senac afirmou que o prédio não está abandonado e que não estava sendo utilizado para adequações na infraestrutura. A entidade disse, ainda, que um plano para retomada das atividades no local está em andamento.
