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Blumenau rejeita projeto de lei contra condenados por homofobia e racismo em cargos públicos

Vereador autor do projeto, Bruno Cunha (Solidariedade), disse que objetivo era retirar dos espaços de poder pessoas que agem de forma preconceituosa

Vereadores de Blumenau rejeitaram projeto que vetava pessoas condenadas por homofobia e racismo em cargos públicos

A Câmara de Vereadores de Blumenau (SC) rejeitou o projeto de lei que proibia que qualquer pessoa condenada pelos crimes de homofobia, racismo ou injúria racial assumisse cargos na administração pública do município.

O projeto levava como base as transgressões que estão detalhadas na Lei Federal n° 7.716, de 5 de janeiro de 1989 e o artigo 140 do Código Penal, após a condenação em trânsito julgado do acusado.

A proposta, de autoria do vereador Bruno Cunha (Solidariedade), foi apreciada em plenário na tarde desta terça-feira (25) e recebeu sete votos contrários, três favoráveis e duas abstenções.

“O objetivo deste projeto foi tirar do espaço de poder as pessoas que agem de forma preconceituosa. A gente não pode admitir atos racistas e homofóbicos dentro das instituições. Infelizmente, não passou em plenário, e lamento muito o que aconteceu. É surreal. Esta poderia ter sido uma oportunidade de fazermos história neste parlamento, mas vamos continuar lutando por uma sociedade mais justa e igualitária”, avaliou o autor.

Para justificar o voto contrário, o vereador Diego Nasato (Novo) argumentou que o projeto é inconstitucional e que a matéria “não é competência da Câmara” de Vereadores e “afronta o código penal brasileiro”.

No entanto, o PL recebeu parecer técnico favorável da Procuradoria Municipal de Blumenau e contou com respaldo em uma decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que permitiu a proibição de condenados por violência doméstica a atuarem em cargos públicos em Valinhos, município do estado de São Paulo.

Com a rejeição, o projeto de lei foi encaminhado para o setor de arquivos da Câmara de Vereadores de Blumenau.

*Publicado por Pedro Jordão, da CNN

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