O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), disse, nesta quinta-feira (13), que vai acionar a Justiça caso os vereadores da cidade derrubem vetos dele
“A Câmara é livre para fazer o que ela entender que tem que fazer. Se ela julgar que os vetos estão errados, ela vai derrubar. Se derrubar — e eu acho que os vetos estão certos — vou ter que recorrer ao judiciário. Mas eu espero que a razão vença a discussão porque nós não podemos falar de uma lei que fere a Lei de Responsabilidade Fiscal, uma lei que o Supremo (Tribunal Federal) já disse que não vale”, disse, durante visita a uma barragem de contenção de enchentes na Região Noroeste da cidade.
Fuad vetou, também, trecho que tratava da concessão de 10% dos R$ 512,8 milhões de subvenção aos permissionários do transporte suplementar — os micro-ônibus chamados de “amarelinhos”.
“Nossos vetos foram feitos avaliando tecnicamente cada um dos casos. Agora: não tenho nenhuma interferência na Câmara. Não tenho nenhum envolvimento; tenho minha base, que vota com consciência dela, e espero que eles consigam manter o veto”, completou o prefeito.
A lei sobre o subsídio aos concessionários dos coletivos permitiu a redução, de R$ 6 para R$ 4,50, da tarifa-base dos ônibus belo-horizontinos.
Os dois vetos seriam analisados pela Câmara Municipal nessa quarta-feira. A votação, porém,
Um comitê do Legislativo, formado pelo presidente da Casa, Gabriel Azevedo (sem partido), pelo líder do governo, Bruno Miranda (PDT), e pelo vereador Irlan Melo (Patriota), planeja se reunir com Fuad para discutir os vetos a esses dois trechos da lei do subsídio.
Linguagem neutra
Nesta quinta-feira, os vereadores analisariam o veto de Fuad ao projeto de lei (PL) que proíbe o uso da chamada linguagem neutra nas escolas belo-horizontinas. Não houve quórum para a votação.
O veto à proibição da linguagem neutra — o uso de ‘todes’ no lugar de “todos”, por exemplo —