O vereador Wesley Moreira (PP), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Abuso de Poder, classificou as exigências do governo Alexandre Kalil (PSD) para a construção da Arena MRV, o novo estádio do Atlético, como “oportunistas”.
“Nessas contrapartidas fica clara a omissão do poder Executivo. A palavra que usamos nessa comissão é ‘abuso’, mas poderia também ser ‘oportunismo’. A prefeitura viu uma situação e sabemos que a faca foi colocada no pescoço da Arena MRV: ou faz ou a obra será interditada”, afirmou o vereador.
Nesta quinta-feira (13), os vereadores aprovaram um novo requerimento para incluir documentos que confirmam que a gestão Kalil empurrou para a Arena MRV obras que são de responsabilidade do poder público e não dos construtores do estádio multiuso.
Segundo o vereador, necessidades de infraestrutura na região da Arena, que já se arrastavam havia mais de trinta anos, foram impostas aos empreendedores.
“Nós temos requerimentos de 2018, ainda quando a Arena era uma incógnita, justamente no ano que o ex-prefeito Alexandre Kalil mandou mudar todo o processo, saiu de operação simplificada para uma obra de utilidade pública. Houve todo esse retardo. E nesse período temos vários ofícios com solicitações de intervenções urbanas naquela região. Ficou explícito que as intervenções solicitadas há 30 anos já existiam por parte dos moradores”, afirmou Wesley.
A previsão é de que os trabalhos da CPI do Abuso de Poder terminem no próximo dia 27. Entre esta semana e a próxima, a comissão ainda vai decidir se ouvirá o ex-prefeito Alexandre Kalil.
A reportagem da Itatiaia entrou em contato com Kalil para comentar as declarações de Wesley Moreira, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem.