O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse em entrevista ao Programa Pânico da Jovem Pan, na tarde desta segunda-feira (3), que não existe hoje um nome nacionalmente conhecido para substitui-lo nas próximas eleições presidenciais de 2026.
Na sexta-feira (30), o Tribunal Superior Eleitoral condenou Jair Bolsonaro inelegível até 2030 por abuso de poder político após realizar uma reunião no Palácio do Alvorada com embaixadores para discutir o sistema eleitoral e acusar, sem provas, fraudes nas urnas eletrônicas.
Sem revelar o que fará para reverter a decisão, o ex-presidente afirmou que ainda não está fora do jogo. “Não é justo, eu estou na UTI, eu não morri ainda, alguém dividir o meu espólio. Tá certo?”, disse.
Jair Bolsonaro comentou os nomes de possíveis líderes da direita que podem sair candidatos para o Palácio do Planalto. Para ele, Tarcísio e Romeu Zema ainda não tem projeção nacional. “Não tem nome ainda de conhecimento do Brasil todo para fazer o que eu fiz durante esse 4 anos. Nós ajudamos a surgir certas lideranças.”
Bolsonaro cita Tarcisio, Governador de São Paulo e romeu Zema, Governador de Minas. “O Zema não se elegeu com eu apoiando o Zema. O Zema teve seu trabalho lá. Um pouco o pessoal se voltou a ele contra o PT, dado a onda contra o PT que surgiu graças ao nosso aparecimento”, disse.
Jair também comentou outros nomes como o da ex-ministra Teresa Cristina e da própria esposa Michele Bolsonaro. “Outros bons nomes apareceram, mas não tem ainda esse carimbo para falar para o Brasil estamos juntos para 2026”, avaliou.
CPMI 8 DE JANEIRO
Jair Bolsonaro também falou sobre os atos antidemocráticos. “Esse pessoal do 8 Janeiro. Quem fez aquele quebra-quebra não foi o nosso pessoal.”
Para tirar sua responsabilidade sobre os ataques do dia 8, Bolsonaro cita o Ministro da Defesa José Múcio que disse não ter uma figura central na depredação dos prédios dos três poderes.
“Quem fez a baderna, o quebra -quebra, não foi aquele pessoal que estava acampado. Palavras do próprio Ministro da Defesa, José Mucio”, disse o ex-presidente. Bolsonaro cita a CPMI dos Atos anti democráticos e fala que a minoria não está conseguindo destaque.
“A dificuldade que o pessoal está tendo no parlamento, que é o nosso pessoal, que passou a ser minoria de uma CPI, apesar da CPI ser uma arma da minoria, um instrumento da minoria e a maioria está tomando conta é mais pró governo. A gente tá tendo dificuldades.”
Bolsonaro cita que ele teve sorte das imagens do General Gonçalves Dias no Palácio do Planalto no dia da invasão se tornar públicas. As imagens mostram o ex-chefe do GSI de forma passiva dentro do Palácio sem dar ordem de prisão aos invasores.
O ex-presidente afirma que não teve vantagens com os ataques do dia 8 de Janeiro. Ele lembra que não estava no Brasil no dia.
“O que aconteceu? Quem ganhou com isso? Eu não ganhei nada com isso. A direita não ganhou absolutamente nada com isso. Quem ganhou com isso? A esquerda. Tava no dia seguinte o Lula, quem diria, o Lula posando de grande democrata”, afirmou.