Em meio a pressões de seu partido, o União Brasil,
“Sabemos que temos comunidades indígenas que poderiam ter a redenção por meio do etnoturismo. Imagina o que é passar um dia em uma aldeia? Turistas poderem chegar lá — é claro, consultando os povos e estabelecendo regras e limites. O artesanato indígena brasileiro é rico e lindo”, disse Damares, em sessão promovida pela Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) do Senado.
A iniciativa citada pela senadora faz parte do programa “Brasil Original”, desenvolvido conjuntamente pelas pastas de Turismo e Povos Indígenas. Segundo Daniela, há uma “tendência muito forte” de crescimento do turismo de experiência. Por isso, ela prometeu apresentar, em breve, o escopo do programa de visitas aos povos tradicionais.
“Faço um convite para que a senhora faça uma visita ao ministério. Que a gente possa, também, estreitar essa parceria e a senhora (possa) contribuir com suas sugestões. Sei que a senhora respeita muito, reconhece e valoriza os povos indígenas. Isso é muito importante”, afirmou a ministra, em direção a Damares.
Ainda segundo Daniela Carneiro, a chefe da pasta dedicada aos Povos Indígenas, Sônia Guajajara (Psol), está “muito empenhada” em tirar do papel o “Brasil Original”.
Damares, por sua vez, chamou o Ministério do Turismo de “transversal”, uma vez que abarca demandas ligadas a diversos grupos sociais.
“Sei de seus desafios, mas parabéns pela iniciativa do movimento em direção às comunidades indígenas”, falou a senadora.
Pressão aumenta
A bancada do União Brasil entende que Daniela Carneiro foi indicada ministra por meio da cota pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A avaliação é que a chefe do Turismo foi escolhida
Parlamentares do partido defendem a indicação do deputado federal Celso Sabino (PA) para a vaga. Nesta quarta-feira, Daniela garantiu que “está tudo sob controle”.
“Nada resiste ao trabalho”, sentenciou, a jornalistas, antes da audiência no Senado.
Waguinho, aliás, já se mudou do União Brasil rumo ao Republicanos. Daniela ainda não fez o movimento porque teme a possibilidade de trocar de legenda e perder o mandato de deputada federal que conquistou no pleito do ano passado.