Integrantes do governo Lula negociam compensações com o
Ela era da cota do União Brasil, mas, desde que pediu para se desligar do partido, passou a ter sua permanência no cargo questionada por lideranças da legenda.
Estão em jogo indicações de cargos em órgãos federais no Rio de Janeiro — reduto eleitoral de Daniela e do marido dele, Waguinho Carneiro —, e mais manifestações de apoio do governo federal.
O casal garantiria, por exemplo, a escolha de nomes para diretorias na área de portos e em hospitais federais.
Para lideranças na Câmara, a mudança do nome de Daniela pelo do deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA), para o ministério do Turismo, é “irreversível”. Entre esses líderes, ouvidos pela CNN, também há governistas. Mas a definição oficial deve sair somente na próxima semana.
O apelo de Waguinho para que sua esposa não perca a cadeira de ministra, durante entrevista à CNN na quinta-feira (8), chegou a ser classificado de “desespero” por governistas que acompanham o Turismo de perto.
O prefeito afirmou que os defensores da mudança “querem encher o ministério de bolsonaristas para mais na frente enfraquecer o presidente Lula”, em referência à cúpula do União Brasil.
Waguinho comanda uma das forças políticas no Rio, com adesão expressiva de evangélicos e da população mais carente.
O capital político dele somou votos que ajudaram na disputa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nas eleições de 2022.