O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou, nesta quarta-feira (14), o bloqueio de suas contas bancárias por parte da Justiça de São Paulo. Durante a cerimônia de filiação de Marcelo Queiroga,
“A notícia da imprensa ontem bloqueando minhas contas… Fiquem tranquilos. Por enquanto eu tenho fundo. Daqui a pouco, não vou ter mais. Aí, vou ver se o Valdemar me paga por fora o salário retido”, disse, na sede da direção nacional do PL, em Brasília (DF).
Bolsonaro estava ao lado de diversos aliados, como o senador Magno Malta (PL-ES) e o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente pelos liberais no ano passado.
“A gente sabe como é a política brasileira e já sabemos, também, como é a Justiça no Brasil. Então, a gente se prepara para que, aconteça o que acontecer, para buscar alternativas”, falou, em outro momento do discurso.
Bloqueio de contas
O bloqueio das contas de Bolsonaro ocorreu pelo não pagamento de multas por causa do desrespeito ao uso obrigatório de máscara para evitar a transmissão da Covid-19. A Justiça de São Paulo pediu que o ex-presidente seja impedido de movimentar R$ 87,4 mil.
As sanções ocorreram após Bolsonaro não usar máscara nas cidades paulistas de Eldorado, Ribeira e Maracatu. Os casos aconteceram em 2021.
PL recebe Queiroga de olho em 2024
Durante o evento de filiação, Queiroga foi tratado como possível candidato à Prefeitura de João Pessoa (PB) em 2024. Apesar de prestigiar a filiação do aliado, Bolsonaro utilizou o pronunciamento para tratar da conjuntura nacional.
“As cartas estão na mesa. Não adianta termos uma excelente bancada pelo Brasil se a política nacional se enveredar para outro lado”, protestou.
Ele ainda criticou as conversas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com outros líderes da América Latina.
“Se uma outra política, continuidade daquela de 2003, prosseguir, teremos dias tenebrosos para todos nós, até pela reunião, prevista para os próximos dias, com pessoas como (Miguel) Díaz-Canel (da Venezuela), (Daniel) Ortega (de Nicarágua) e (Nicolás) Maduro (da Venezuela) novamente”, pontuou.