A pressão das forças de segurança de Minas Gerais por recomposição salarial de 35,44% pode aumentar. Isso porque lideranças da categoria começam a defender a adoção do regime de
Veja:
“Convido a todos: não trabalhe fora da legalidade. Não tire um preso para o banho de sol fora da legalidade. Não pegue uma viatura fora da legalidade. Não faça nada fora da legalidade”, disse Jean Otoni, presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Estado das Minas Gerais (Sindppen-MG).
Otoni apontou “descaso” da equipe do governador Romeu Zema (Novo) ante o assunto. Durante a audiência, a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Luísa Barreto, afirmou que o Palácio Tiradentes
“A realidade é que, dentro dos nossos estudos, na data de hoje, infelizmente ainda não encontramos espaço para a recomposição de perdas inflacionárias neste ano. Esses estudos vão ser feitos o tempo todo. É um pedido do governador”, explicou.
A estrita legalidade chegou a ser adotada por parte dos policiais no ano passado, também em meio
Presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia, o deputado estadual Sargento Rodrigues (PL) alertou o governo mineiro sobre os impactos de um eventual regime de estrita legalidade.
“Se as forças de segurança, forem cumprir a mesma máxima com a qual o governo responde, os senhores (do governo) terão de repensar - e muito - as respostas que dão aqui (na Assembleia). Se cumprir apenas a legalidade, a polícia vai entrar em ‘processo-tartaruga’, pois não há efetivo e logística para responder às demandas que, a toda hora, desaguam nas forças de segurança”, falou.
Jean Otoni defendeu, ainda, mobilizações de rua por parte dos agentes. “Como presidente de sindicato, quero alertar a senhora (Luísa Barreto) e o governo: as unidades já começaram a se alarmar. Em Juiz de Fora, vimos um preso matando o outro. Em Caratinga, já começou a pegar fogo”, pontuou.
“Todos os estados já deram seu percentual de aumento para a segurança pública. Minas Gerais é o único (estado) que não deu. Passou da hora de a gente acordar e seguir o princípio da legalidade”, concordou Luzana de Assis Moreira, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Socioeducativo do Estado de Minas Gerais (Sindsisemg).
Valorização é ‘compromisso’, diz secretária
A lideranças sindicais, deputados estaduais e agentes policiais presentes à Assembleia, Luísa Barreto afirmou que o governo Zema tem o “compromisso” de valorizar financeiramente o trabalho dos quadros da segurança pública. Ela, porém, condicionou eventuais movimentos à “realidade financeira” do estado.
“Vamos, o tempo todo, estudar o tema para tão logo a gente tenha espaço financeiro, a gente possa fazer o que é merecido pelos servidores”, defendeu a secretária de Planejamento”, assegurou.
Possível aumento de 5,8%
Como já mostrou a Itatiaia, a equipe de Zema estuda conceder
Mais cedo, durante visita ao Parque Estadual da Serra do Rola Moça, em Nova Lima, na Região Metropolitana de BH, Romeu Zema afirmou que cabe à Secretaria de Fazenda definir se há, ou não,
“Tudo vai depender da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Sou um governador que segue a lei. Vou fazer o que a lei fala. Hoje, temos muita dificuldade para fechar as contas e a lei está muito clara: você não pode comprometer um percentual da sua receita corrente líquida com pessoal. Então, vamos manter o estado ao quadrado. Não serei um governador irresponsável, gastando acima do que a lei permite”, justificou.