O governador de Minas Gerais,
Em entrevista coletiva, Romeu Zema defendeu alterações no Regime de Recuperação Fiscal. Ele relembrou que, neste mês, se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para pleitear uma flexibilização nas regras do acordo. Um dos pontos defendidos por ele e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) é
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Zema também defende regras menos rígidas aos estados que optarem pela adesão.
“Hoje, o regime entra em diversos detalhes que eu, pessoalmente, julgo desnecessários. O regime deveria falar: o estado tem que gastar menos do que arrecada, mas o regime fica compartimentando uma série de despesas, o que acaba complicando. E cada estado tem suas particularidades”, defendeu. “Não se trata de mudar a mecânica, ela fica a mesma, mas de uma maneira mais ampla”, completou.
Questionado se valeu a pena aderir ao Regime de Recuperação Fiscal, o governador gaúcho, Eduardo Leite, respondeu com uma pergunta: “Qual é a alternativa?”
“Os estados tem uma dívida contratada com a União e ela não abre mão de receber. Ela oferece o Regime de Recuperação Fiscal como uma alternativa para aqueles que têm dificuldade de pagamento. Esta é a alternativa que está posta na mesa. Ela é suficiente, ela está adequada, ela precisa de melhorias aperfeiçoamento nas regras? Bom, tudo isso pode ser discutido”, afirmou.
“Mas o que estava posto para a decisão do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro é: ou adere ao regime ou volta a pagar as parcelas cheias da dívida. Seguramente isso é pior para os nossos estados no curtíssimo prazo”, concluiu.
‘Solução paliativa’
O primeiro estado a aderir ao Regime foi o Rio de Janeiro - que está no segundo acordo celebrado com o governo federal. O governador fluminense, Cláudio Castro relembrou que 93% das dívidas dos estados com a União estão nas regiões Sul e Sudeste do país.
Ele elogiou o ministro Fernando Haddad, que se reuniu com os governadores na última semana para tratar do assunto - em meio à votação do marco fiscal na Câmara dos Deputados - mas classificou o Regime de Recuperação Fiscal como uma solução “paliativa”.
“O Regime é um paliativo necessário - fundamental, mas é um paliativo. Ele não pode ser visto como uma solução dos problemas dos estado porque não é. Regime de Recuperação Fiscal não é regime de pagamento de dívida”, definiu.