O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informou que conversou, na manhã desta sexta-feira (26), com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e que recusou o convite feito para visitar o país neste momento.
De acordo com Lula, foi reiterada a posição do Brasil em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia.
“Conversei agora por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Agradeci a um convite para ir ao Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, e respondi que não posso ir a Rússia nesse momento”, declarou Lula, em publicação no Twitter.
O Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo acontece entre os dias 14 e 17 de junho.
Ao negar o convite, o chefe do Executivo disse ter reiterado a disposição do Brasil, “junto com a Índia, Indonésia e China, de conversar com ambos os lados do conflito em busca da paz”.
Encontro do G7
Durante reunião do G7, na semana passada, que contou com a presença de Lula, o brasileiro tentou negociar o encontro com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, após pressão das sete principais democracias desenvolvidas do mundo reunidas no evento, que aconteceu em Hiroshima, no Japão.
O encontro, contudo, não aconteceu. Durante sua passagem ao Japão, Lula reiterou que sente que nem Putin nem Zelenski “falam em paz” neste momento.
O presidente da Ucrânia se encontrou com o assessor da Presidência da República do Brasil para assuntos internacionais, Celso Amorim, em Kiev, capital do país, no início de maio e disse esperar uma visita de Lula ao país sobre a guerra.
‘Conversa construtiva’
O Kremlin classificou como construtiva a conversa por telefone entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, nesta sexta-feira, 26. De acordo com o governo russo, Lula compartilhou suas impressões sobre sua participação na cúpula do G7 no último fim de semana e falou sobre possíveis esforços de mediação na busca por uma solução para o conflito na Ucrânia.
Putin confirmou a abertura da parte russa a “diálogo” a nível político e diplomática com a Ucrânia, mas acusou Kiev e o Ocidente de bloquearem os esforços, disse o Kremlin em comunicado.
Os chefes de Estado discutiram ainda aspectos atuais da parceria estratégica entre os dois países e manifestaram interesse mútuo no aprofundamento da cooperação, e trataram de questões relacionadas ao trabalho conjunto no Brics e em outras plataformas multilaterais, segundo a nota.