Uma proposta que pretende reduzir o tempo para o fim do
Durante sessão na Câmara Municipal, uma comissão especial aprovou a proposta, que já pode ser levada a plenário para votação em primeiro turno.
O projeto, no entanto, é alvo de críticas por parte dos carroceiros, que temem ficar sem emprego e que os animais acabem sendo abandonados pelos trabalhadores, que não teriam mais condições de criá-los.
De acordo com o representante da Associação dos Carroceiros de BH, Sebastião Alves, o prazo de 10 anos para o fim desse tipo de transporte já é “danosa” para a categoria e a redução seria ainda mais prejudicial a eles.
“Não é só uma profissão, mas afeta toda uma comunidade de carroceiros. Nossa razão de viver é nossos animais. A gente vê uma precipitação porque, em 10 anos é danosa demais a situação para os carroceiros de Belo Horizonte. Vamos ter animais abandonados, desprezados pelas pessoas que não vão ter condições de criar nessas condições”, afirmou.
O carroceiro diz que a Lei 10.119 permite que o trabalho aconteça sem que haja prejuízos ou maus-tratos aos animais.
“O que precisaria é o que não está sendo feito, uma fiscalização para retirar aqueles que não praticam da maneira correta e não fazem bom uso de seus animais”, completou.
Maus-tratos
O vereador Wanderley Porto (Patriota), autor da proposta, diz que ela poderá ir a plenário para apreciação dos vereadores ainda em meio. Segundo ele, a cidade “não suporta mais esse sofrimento animal” e que os trabalhadores serão beneficiados com políticas públicas da Prefeitura de BH.
“Todas as secretarias têm desenvolvido trabalhos para ajudar essas famílias, inclusive para buscar formas de financiamento para ter o cavalo de lata”, afirmou, em referência a um projeto para substituir os animais por uma carroceria de metal movida a pedal ou motocicleta.
“Opções eles terão e, depois disso, vão entender que foi melhor para eles e para os filhos, que terão mais dignidade”, completou.