A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro voltou atrás e disse ser a favor da cota de gênero para assegurar a participação de mulheres nos processos eleitorais. Nesse sábado (6), durante evento do PL Mulher, presidido por ela, Michelle chegou a defender o fim do mecanismo. Nas redes sociais, porém, ela publicou um vídeo em que adota outro tom sobre o tema.
“Retificando: sou a favor da cota, sim. Queremos mulheres na política pelo seu potencial, pelo seu protagonismo. Não queremos apenas cumprir uma cota de 30%; acreditamos no potencial de cada mulher que entra na política brasileira”, diz, na gravação.
A esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participava de um evento da seccional feminina do diretório paulista do PL quando, durante seu discurso, falou em “erradicar” a cota de 30%
“Queremos a mulher na política pelo seu potencial, porque acreditamos que mulheres na política, de fato, fazem acontecer”, defendeu.
Entenda a cota de 30%
O mecanismo de incentivo à participação feminina na política obriga os partidos a montar chapas legislativas que tenham, no mínimo, 30% de candidatas mulheres. A regra vale para as eleições à Câmara dos Deputados, às Assembleias Legislativas e às Câmaras Municipais.
Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam que as mulheres ocupam 18% dos 594 assentos do Congresso Nacional. Entre os pleitos municipais de 2000 e 2020, o número de candidatas femininas dobrou: passou de 71,6 mil para 187 mil.