O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República divulgou neste domingo (23) as imagens do circuito de câmeras de segurança do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. Os vídeos, que foram disponibilizados em uma pasta na nuvem, somam 160 horas de conteúdo sobre as ações registradas dentro e fora da sede do Executivo federal na ocasião e podem ser acessadas
As imagens estavam sob sigilo, já que foram encaminhadas à Polícia Federal - que investiga os atos relacionados ao dia em que as sedes dos Três Poderes foram invadidas, depredadas e saqueadas por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No entanto, na última sexta-feira (21), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a quebra do sigilo de todos os registros.
Imagens mostra ex-ministro do GSI dentro do Planalto
Imagens do circuito interno de segurança do Palácio do Planalto mostraram a movimentação do então ministro do GSI, general Gonçalves Dias, e de outros agentes do órgão no local. O militar aparece em câmeras instaladas no terceiro andar, próximo ao corredor que leva ao gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Em um determinado momento, ele abre a porta de um corredor para os invasores e parece mostrá-los o caminho até uma saída de emergência.
Após a repercussão negativa das imagens, Gonçalves Dias pediu demissão do cargo.
Gonçalves Dias presta depoimento à PF
O general da reserva Gonçalves Dias, que
Veja:
Gonçalves Dias foi questionado sobre sua conduta naquele momento e disse que “não tinha condições materiais de, sozinho, efetuar a prisão das 3 pessoas ou mais que encontrou no 3º e 4º andares”. Ele disse aos agentes da PF, ainda, que um dos invasores “encontrava-se altamente exaltado”.
O ex-ministro do GSI disse, ainda, que estava fazendo “gerenciamento de crise” no local e que o protocolo era de conduzir as pessoas que estavam no segundo e terceiro pisos do Palácio até o segundo andar.
“Essas pessoas seriam presas pelos agentes de segurança no segundo piso tão logo descessem”, contou Gonçalves Dias no depoimento, segundo a Globo.