Após receber críticas nas redes sociais, o Governo de Minas editou uma publicação da última sexta-feira (21) em que chamava de “crimes” contra a Coroa Portuguesa os atos de resistência da Inconfidência Mineira.
No dia 21 de abril, o Governo de Minas realizou a tradicional cerimônia de entrega da Medalha da Inconfidência em Ouro Preto, na região Central do Estado. Para marcar a data, o perfil oficial do Executivo mineiro compartilhou uma publicação em que dizia que o movimento se tratava de um “golpe à Coroa Portuguesa” e que os inconfidentes, exceto Tiradentes, não confessaram seus “crimes”.
“Temendo as consequências do golpe à Coroa Portuguesa, os inconfidentes não confessaram seus crimes. O único a fazê-lo foi Joaquim José da Silva Xavier, que tornou-se o Mártir Tiradentes ao receber a pena mais dura, em 21 de abril de 1792", dizia trecho da publicação compartilhada às 12h18 da última sexta-feira (21).
O texto motivou uma série de críticas nas redes sociais. No Instagram, a deputada estadual Lohanna França (PV) questionou o governador Romeu Zema (Novo).
"@romeuzemaoficial você está chamando Tiradentes e os Inconfidentes de golpistas e criminosos? É isso mesmo?”, publicou.
No Facebook, a jornalista Miriam Leitão também criticou o texto compartilhado pelo Governo de Minas. “Que crimes???”, questionou.
Conteúdo foi editado
Depois da repercussão negativa, na noite deste sábado (22), ou seja, cerca de 32 horas mais tarde, o perfil oficial do Governo de Minas editou o conteúdo compartilhado, retirando a palavra “crimes” da publicação original e trocando-a por “atos”.
“Temendo as consequências do golpe à Coroa Portuguesa, os inconfidentes não confessaram seus atos. O único a fazê-lo foi Joaquim José da Silva Xavier, que tornou-se o Mártir Tiradentes ao receber a pena mais dura, em 21 de abril de 1792", mostra a publicação neste momento.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do Governo de Minas e aguarda posicionamento sobre o assunto.
Cerimônia teve homenagem a Temer e Sergio Moro
A cerimônia de entrega da Medalha da Inconfidência, criada ainda nos anos 50 pelo governador Juscelino Kubitschek, homenageou, nesta edição, o