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Zema pede rapidez em acordo de Mariana e diz que ação na Inglaterra pode prejudicar repactuação

Governador afirmou que MP, Defensoria Pública e estados aguardam uma posição do governo federal sobre acordo de Mariana

Zema cobrou rapidez na definição sobre acordo de repactuação de Mariana

O governador Romeu Zema (Novo) se disse preocupado com a demora para a conclusão do acordo de repactuação de Mariana pelo rompimento da barragem da Samarco, em 2015. Zema afirmou que espera uma definição do governo federal para que o acordo avance.

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“Encontramos com os parlamentares da bancada mineira e nós estamos bastante preocupados, porque já tivemos mais de 200 reuniões para tratar desse tema. O acordo tem mais de 5 mil páginas, ninguém o conhece totalmente devido ao gigantismo dele. Tem uma parte ambiental, tem uma parte socioeconômica, tem uma parte de infraestrutura, tudo isso foi construído nestes últimos três anos com a participação do Ministério Público, da defensoria pública, de Minas e do Espírito Santo, só falta um aval do governo federal”, afirmou Zema, em entrevista à Itatiaia.

O governador afirmou que o julgamento que acontece na Inglaterra, onde a mineradora britânica BHP, que detém com a Vale o controle da Samarco, pode prejudicar o andamento das negociações do acordo no Brasil e prejudicar municípios e estados.

“Preocupa muito porque há uma ação judicial sendo julgada na Inglaterra e quem vai ganhar dinheiro se essa ação for julgada, ela praticamente inviabiliza a ação no Brasil, são os advogados que estão movendo. Muitos municípios aderiram, e os prefeitos têm autonomia para tal, mas eles vão receber menos, Minas e Espírito Santo não vão receber nada, nem a União. Ou seja, nenhuma estrada será feita, nenhum novo hospital será feito, apenas cada prefeito vai decidir o que fazer com o recurso”, disse Zema.

A ação movida por atingidos pelo rompimento da barragem de Mariana contra a mineradora BHP Billiton, na Justiça inglesa, recebeu 500 mil novos autores e aumentou consideravelmente a indenização cobrada contra a empresa.

A informação foi divulgada à coluna pelo escritório Pogust Goodhead, que representa os atingidos.

Agora, ao todo, 700 mil pessoas, entidades, prefeituras e empresas assinam a peça, que pede uma indenização de cerca de R$ 230 bilhões (44 bilhões de dólares).

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.
Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.