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Lira defende autonomia do Banco Central e diz que Congresso ‘não retroagirá'

Presidente da Câmara, Arthur Lira, ressaltou que maioria do Congresso apoia independência do BC

Arthur Lira afirmou que Congresso manterá apoio à autonomia do Banco Central

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quinta-feira (9), que a autonomia do Banco Central “não retroagirá”. Nos últimos dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, e à política monetária do órgão.

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Lira relembrou que a autonomia do BC foi aprovada pelo Congresso em 2021 e continua sendo defendida pela maioria do parlamento.

“Eu tenho a escuta, a tendência do que a maioria do plenário pensa. Com relação à independência do Banco Central, esse assunto não retroagirá", disse Lira. “O Banco Central independente é uma marca mundial, o Brasil precisa se inserir neste contexto”, continuou Lira.

Na quarta-feira (8), líderes petistas na Câmara decidiram apoiar um convite para que Campos Neto vá ao Congresso explicar a política de juros da instituição. Horas antes, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, havia afirmado que não há nenhuma ação no governo para reverter a autonomia do BC.

Explicações na Câmara

Após uma reunião da base aliada na quarta, o líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR), disse que assinou um requerimento de urgência apresentado pelo PSOL para que Campos Neto seja convidado a dar explicações na Câmara sobre a taxa básica de juros, a Selic, mantida em 13,75% na semana passada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.

De acordo com Dirceu, também foi discutida na reunião da quarta-feira da base governista a possibilidade de se formar uma comissão de deputados que iriam ao BC levar questionamentos a Campos Neto. O líder do PT na Câmara disse que não houve consenso em torno dessa proposta, mas que ela não foi descartada por completo.

Antes de entrar na reunião, o líder do PSOL na Câmara, Guilherme Boulos (SP) afirmou que também não há consenso na base do governo para apoiar o projeto de lei que revoga a autonomia do BC. O PL foi anunciado na quarta pelo PSOL, após Lula intensificar as críticas ao nível da Selic.

Boulos chegou a chamar Campos Neto de “infiltrado” do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-ministro da Economia Paulo Guedes. Para o deputado, o presidente do BC age para boicotar a retomada do crescimento econômico ao manter a Selic no nível atual.

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