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CPI vai comparar contrapartidas da PBH à Arena MRV e outras obras, diz relatora

Vereadores fizeram visita técnica em construção do novo estádio do Atlético, na região Oeste de Belo Horizonte

Fernanda Altoé concedeu entrevista à Itatiaia nesta quinta-feira

A vereadora de Belo Horizonte, Fernanda Altoé (Novo), relatora da CPI do Abuso de Poder, na Câmara Municipal, diz que o colegiado investigará as ações e contrapartidas da gestão do ex-prefeito Alexandre Kalil (PSD) com relação à construção da Arena MRV e de outras obras de grande porte na cidade.

O objetivo é investigar se houve tratamento diferenciado com relação à construção do novo estádio do Atlético, na região Oeste de Belo Horizonte, motivada por questões políticas. Nesta quinta-feira (9), uma comissão de vereadores realizou uma visita técnica na Arena MRV.

“Tudo passa por análises técnicas. Muitas coisas se justificam no interesse social como a obra foi executada. O que vamos apurar é se a postura da prefeitura nessa atuação vem sendo adotada em outros projetos também, ou só na Arena MRV. Vamos fazer um comparativo de como a gestão atuou com relação a grandes projetos ou se os rigores aconteceram somente na Arena”, afirmou em entrevista à Itatiaia.

A vereadora ressaltou que o empreendimento traz benefícios à cidade, como a valorização da região e a construção de centros de atendimento à população.

A CPI, que foi instalada no fim do ano passado, mas que começou a atuar, de fato, nos últimos dias, também irá investigar denúncias relacionadas a nepotismo cruzado, aparelhamento do Executivo, favorecimento pessoal e prevaricação do ex-prefeito Alexandre Kalil.

“A estrutura do poder público é feita para gerar benefícios à população. Para isso, você precisa de pessoas aptas para o cargo. Queremos saber se os nomes indicados por Kalil foram por capacidade técnica ou para benefício pessoal a ele ou a algum grupo de pessoas”, afirmou.

Origem da CPI

Ainda durante a entrevista, a parlamentar afirmou que o escopo da CPI surgiu no ano passado, quando os vereadores descobriram que Kalil não havia feito prestação de contas e de sua situação jurídica ao Conselho de Ética da prefeitura. Ela citou ainda as dívidas do ex-prefeito com a PBH, como nos casos contas de IPTU atrasadas em imóveis e o fato de que a prefeitura acabou arcando com uma dívida trabalhista de uma empresa de Kalil.

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