A Procuradoria-Geral da República (PGR denunciou mais 54 pessoas por envolvimento nos atos golpistas que culminaram na invasão e destruição dos prédios do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional, além do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. Todas elas foram presas no acampamento montado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.
Os denunciados responderão à Justiça por incitação ao crime equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais e por associação criminosa. Ao todo, 98 pessoas já foram denunciadas pela PGR em três denúncias apresentadas nos últimos 15 dias.
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Na denúncia, o subprocurador-geral da república, Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, destacou a estrutura existente no QG do Exército, que abrigou os golpistas por mais de 60 dias.
“Havia uma evidente estrutura a garantir perenidade, estabilidade e permanência” dos bolsonaristas que defendiam um golpe de estado.
Teatro de fantoches e sala de massagem
Na denúncia, Carlos Frederico dos Santos anexou uma série de imagens feitas no acampamento em Brasília para comprovar a estrutura montada no local. As fotos mostram que havia um espaço para teatro de fantoches para os golpistas que levavam os filhos para o acampamento.
Em outro espaço, havia estrutura para carregamento de celulares e até sala de massagem. A denúncia mostra, ainda, que os bolsonaristas organizaram uma tenda para recebimento de doações, serviço de atendimento médico e até um gerador de energia, caso houvesse problemas no fornecimento de eletricidade.