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Anderson Torres é preso e levado para o Batalhão da PM no Guará, em Brasília

Carros da PF seguiram para o Complexo Penitenciário da Papuda como estratégia para dispersar a imprensa

Torres estava em Miami, nos Estados Unidos

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, foi preso pela Polícia Federal (PF) na manhã deste sábado (14) e levado para o Batalhão da PM no Guará, uma região administrativa da capital federal.

O avião pousou por volta das 7h20 no Aeroporto Internacional de Brasília. De acordo com o órgão, Anderson, que é policial federal, foi preso ao desembarcar e encaminhado para a custódia, onde permanecerá à disposição da Justiça. “As investigações seguem em sigilo”, informou a PF. Veja a nota na íntegra;

A Polícia Federal cumpriu na manhã deste sábado (14/1) mandado de prisão preventiva, expedido pelo Supremo Tribunal Federal, em desfavor do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Ele, que é policial federal, foi preso ao desembarcar no Aeroporto de Brasília e encaminhado para a custódia, onde permanecerá à disposição da Justiça. As investigações seguem em sigilo.

De acordo com a CNN Brasil, carros da Polícia Federal acompanhado de carros descaracterizados partiram em direção à Superintendência da Polícia Federal do DF e, depois, ao Complexo Penitenciário da Papuda.

Entretanto, segundo a jornalista Basília Rodrigues, agentes da PF que cumpriram a ordem de prisão relataram que, ao mesmo tempo, outros veículos da PF levaram o ex-ministro para o Batalhão da PM no Guará. “A estratégia foi utilizada para dispersar a imprensa e garantir maior discrição à prisão de Torres, segundo a analista”, informou a reportagem.

A expectativa é que Anderson passe por audiência de custódia por videoconferência, às 12h30, e preste depoimento ainda hoje. Ainda não foi divulgado para onde o ex-ministro será levado.

O pedido de prisão

Torres tinha um mandado de prisão em aberto desde a última quarta-feira (11), por conta dos episódios de violência registrados no último domingo (8) em Brasília, pelos quais ele foi considerado “omisso”.

O atual Ministro da Justiça, Flávio Dino, havia determinado um prazo até a próxima segunda-feira (16) para que Torres retornasse ao Brasil dos Estados Unidos, onde ele está viajando com a família desde o início do ano. Caso o ex-ministro não se entregasse à Justiça, Dino afirmou que iria pedir sua extradição.

Entenda caso

Ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres, havia assumido a secretaria de Justiça e Segurança Pública do Distrito Federal após o término do mandato do ex-presidente, ficando à frente do comando das forças de segurança do DF.

Após tomar posse, ele foi para Orlando, nos Estados Unidos, mesmo cidade onde se refugiou Bolsonaro, e não estava na capital federal no momento da invasão e depredação dos prédios do Congresso Nacional, STF e Palácio do Planalto.

Além disso, durante uma operação de busca e apreensão na casa do ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública do governo Bolsonaro, Anderson Torres, a Polícia Federal (PF) encontrou uma minuta de um decreto para que o ex-presidente pudesse intervir no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A revelação foi feita pela Folha de S. Paulo.

O objetivo da proposta era reverter o resultado da eleição, vencida no segundo turno por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com a reportagem, o documento estava escondido no armário de Anderson Torres.

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