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Após aprovação da PEC da Transição, Orçamento 2023 irá a votação nesta quinta (22)

De acordo com o relator-geral do Orçamento, Marcelo Castro, comissão analisa o texto pela manhã, e o plenário, à tarde

Senador Marcelo Castro

O Projeto de Lei do Orçamento de 2023 irá a votação no Congresso Nacional nesta quinta-feira (22), confirmou o relator-geral do Orçamento, o senador Marcelo Castro (MDB-PI). O texto será analisado pelos deputados e senadores após aprovação da PEC da Transição, que passou na Câmara na tarde desta quarta-feira (21), em segundo turno.

Castro disse que o orçamento “não é o ideal”, mas que é melhor que o texto encaminhado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que previa reduzir o valor do Bolsa Família para R$ 405.

“Se as coisas ocorrerem como estamos esperando, acho que foi um movimento muito importante para o país. Tínhamos um orçamento inexequível e, agora, temos um orçamento que não é ideal, mas que é razoável e que recompôs várias ações orçamentárias que estavam deficitárias”, afirmou Castro em entrevista coletiva nesta quarta.

“Se não aprovássemos a PEC, essas famílias voltariam a receber R$ 400, o que seria inadmissível”, completou.

Conforme o cronograma revelado pelo senador, a Comissão Mista de Orçamento deve se reunir nesta quinta-feira (22) pela manhã para votar o projeto, que deve seguir para o plenário do Congresso, em sessão conjunta marcada para a parte da tarde.

Marcelo Castro também comentou que a PEC criou um espaço orçamentário de R$ 145 bilhões para a recomposição do orçamento do governo federal e que os recursos que já estavam previstos para o orçamento secreto serão divididos entre o governo federal e o Parlamento, por meio de indicações de emendas individuais.

PEC da Transição aprovada

A Câmara dos Deputados aprovou, na tarde desta quarta-feira (21), em segundo turno, a PEC da Transição. Foram 331 votos a favor e 163 votos contrários à Proposta de Emenda à Constituição.

O texto aprovado é o mesmo que passou no primeiro turno de votação, na noite desta terça-feira (20). Conforme o conteúdo da PEC, o governo federal poderá deixar de fora do teto de gastos um montante de R$ 145 bilhões no orçamento do ano que vem. Os recursos serão utilizados para custear o Bolsa Família de R$ 600 mensais, além de outros programas sociais, como o Auxílio Gás e o Farmácia Popular.

Uma das diferenças do texto na Câmara para o que foi aprovado no Senado Federal há cerca de 10 dias é o prazo de duração da medida. No Senado, a autorização para os gastos fora do teto valeriam por dois anos mas, na Câmara, o prazo foi reduzido para um ano.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.