A Câmara de Vereadores de Belo Horizonte vai definir, na próxima semana, quais parlamentares vão compor
Parlamentares vão apurar denúncias de contrapartidas possivelmente abusivas da prefeitura para supostamente prejudicar o andamento das obras da Arena MRV, o novo estádio atleticano que deve ser inaugurado nos próximos meses, além da atuação de membros da prefeitura dentro do clube, cargos públicos ocupados integrantes do Atlético por nomeação do ex-prefeito, presença de agentes públicos em torcida organizada, uso da Procuradoria Geral do Município para favorecimento pessoal no processo de perdão da dívida de IPTU de R$ 30 mil deixada pelo ex-prefeito, e favorecimento em um processo de tentativa de penhora de imóvel.
O primeiro vereador a assinar a abertura de CPI é o vereador Ciro Pereira, do PTB, “Possivelmente, o ex-prefeito Alexandre Kalil utilizou da máquina pública para benefício próprio, e também para prejudicar o empreendimento da Arena do Clube Atlético Mineiro. Vale lembra aqui que a gente está falando de uma denúncia onde as contrapartidas ultrapassam os R$ 100 milhões, e se a gente pegar projetos da mesma magnitude que foram realizados de outros estados no Brasil, passa muito, ou seja, são contrapartidas que foram exigidas pela prefeitura, com o ex-prefeito Alexandre Kalil na Prefeitura de Belo Horizonte, e exigidas de maneira não contundente com o que pratica o mercado”, afirmou.
“Outras denúncias que nós temos também são de que pessoas que faziam parte do Clube Atlético Mineiro foram integradas pelo ex-prefeito Alexandre Kalil na gestão da prefeitura sem que tivessem os requisitos e a qualidade técnica para ocupar tais cargos na administração pública”, completou o vereador.
O vereador Wesley, do Partido Progressista, se candidatou para ser o presidente da CPI quando for estabelecida a mesa da comissão. “E eu tenho certeza que, mais uma vez, essa CPI vai trazer a tona o nível de uma má gestão que ficou marcada na história de Belo Horizonte. Então estou aqui preocupado, mas com muita força e com muita vontade para poder participar dessa CPI e trazer às claras aquilo que ainda não está esclarecido para a população belo-horizontina”, afirmou.
A prefeitura de BH e a assessoria de Alexandre Kalil ainda não responderam sobre a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito. Os trabalhos da CPI devem começar em fevereiro do ano que vem, em função do recesso parlamentar.