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Pacheco marca votação da PEC do Quinquênio no Senado, que recria bônus para juízes

Retorno do aumento de 5% a cada 5 anos para juízes e promotores terá impacto de R$ 3,6 bilhões nos cofres públicos

Presidente do Senado marcou para quarta-feira

O presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD) marcou para quarta-feira (30) a votação da PEC do Quinquênio, que recria o benefício salarial de 5% a cada cinco anos para juízes e promotores.

A PEC 63/2013 retoma o pagamento do quinquênio, que havia sido extinto há 16 anos, e pode turbinar o salário dos magistrados. De acordo com um levantamento feito pelo jornal Estado de São Paulo, um juiz que foi empossado em 1995 pode receber de forma retroativa mais de R$ 2 milhões.

Pacheco defende que o retorno do quinquênio ajudará a manter bons quadros no Poder Judiciário. O custo anual da volta do benefícios para juízes e promotores é estimado em R$ 3,6 bilhões.

Segundo o senador mineiro, o resgate do penduricalho é importante para a “valorização” da carreira da magistratura e para compensar “privações”, como não poder ter outro emprego.

"É importante para ter uma carreira estimulada e profissionais independentes”, afirmou. De acordo com ele, que se dispôs até mesmo a relatar a proposta, a extensão do quinquênio para aposentados e pensionistas precisa ainda ser discutida no Congresso.

Uma emenda apresentada pelo senador Humberto Costa (PT) estende o benefício para delegados da Polícia Federal e permite que os estados recriem o quinquênio para as polícias civis e defensorias públicas, dessa forma o custo total da PEC pode chegar a R$ 10 bilhões por ano.

O retorno do quinquênio já foi aprovado pelo Conselho da Justiça Federal, em 16 de novembro. O benefício adicional por tempo de serviço (ATS) gera um aumento automático de 5% no salário desses magistrados a cada cinco anos.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.