Candidata do PSOL ao Senado por Minas Gerais, Sara Azevedo disse nesta sexta-feira (23) que, se eleita, pretende rediscutir a concessão pública da BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares, no Rio Doce. Sara é a quinta candidata ao Senado a participar da série de entrevistas da Itatiaia nesta semana. Ela foi questionada sobre a falta de temas importantes para Minas, como a BR-381 e a ampliação do metrô, em suas propostas, mas garantiu que tais questões foram incluídas em seu plano após a versão inicial.
“Sobre a BR-381, nós temos discutido que é necessário rediscutir a questão da concessão pública, sobre como nós estamos fazendo esse processo. Isso precisa ser uma negociação que passa não só pelo Senado, mas pelas relações com prefeituras e com o próprio governo do Estado. Então, precisa disso para fazer esse processo acontecer”, disse a candidata.
A Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) apresentou, no começo de agosto deste ano, um projeto remodelado para a concessão trecho da BR-381, conhecida como rodovia da morte. A nova tentativa de privatizar ocorre após o fracasso de um leilão realizado no fim de 2021 e que não despertou interesse de nenhuma empresa demonstrou interesse em assumir a concessão
O projeto prevê a instalação de cinco praças de pedágio ao longo dos 304 quilômetros entre BH e Governador Valadares. As praças serão instaladas nas cidades de Caeté, João Monlevade, Jaguaraçu, Belo Oriente e Governador Valadares.
Metrô
Sara disse ainda que o problema do metrô de Belo Horizonte não é falta de recurso. “A questão do metrô não passa apenas por investimento, mas, principalmente, por ter um projeto mostrando o que vai acontecer, e isso não foi efetivado”, analisou.
A candidata ressalta que nenhum projeto foi apresentado e defendeu uma discussão ampla sobre o problema. “Precisa, principalmente, ter um projeto, porque não existe projeto hoje de expansão no metrô. Nenhum projeto foi apresentado. Então, essas negociações precisam acontecer para saber da utilização dos trilhos que já existem ou não, de como que vai ser feito e isso não foi efetivado. Tem dinheiro, já foi colocado investimento em dinheiro, agora projeto, discussão política, relação com prefeitura e Estado precisa passar por outros lugares”, disse.
O governo Federal publicou, nesta sexta-feira (23), o
Sara
Professora da rede pública, Sara se apresenta como militante feminista e LGBT, defensora dos movimentos sociais, apoiadora dos esportes, defensora do SUS e crítica ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada na última quinta-feira (22), Sara apareceu na quarta colocação na disputa pela cadeira no Senado, com 4% das intenções de voto.
