Terminou sem acordo a reunião realizada nesta sexta-feira (19), no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, para
Uma nova reunião foi marcada para a próxima terça-feira (23) na sede do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília.
O encontro era mais uma tentativa para avançar no acordo, que prevê um repasse bilionário das empresas envolvidas no rompimento da barragem de Fundão. Um dos pontos do entrave do acordo é o valor que será destinado à repactuação. Outro ponto que ainda é discutido é a continuidade ou extinção da Fundação Renova.
Além de Zema e Fux, participaram do encontro também o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite, o procurador-geral da República, Augusto Aras, o procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares, e o advogado-geral da União, Bruno Bianco.
A conclusão do acordo é apontada pelo ministro Fux como uma prioridade de sua gestão à frente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Após reunião do órgão no mês passado, o presidente do Supremo afirmou que esperava resolver os impasses para o acordo em 60 dias.
Negociações
No início de julho, o governo de Minas formalizou às mineradoras uma nova proposta pela repactuação do acordo de Mariana com o valor da indenização de R$ 117 bilhões.
Entre pontos já colocados pela Vale durante as negociações, a mineradora pontua que os gastos feitos através da Fundação Renova já sejam incluídos nos valores finais da repactuação - a Renova já gastou, quer dizer, “investiu”, cerca de R$ 23 bilhões, segundo dados da fundação.
O primeiro valor negociado com a Vale, após cálculos do MP e de técnicos dos Estados, foi de R$ 155 bilhões - valor colocado, também, na ação feita pelo MPMG na Justiça.