Pré-candidatos à Presidência da República unificaram os discursos em tom crítico ao evento promovido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (18). O chefe do Executivo
Em uma postagem compartilhada em rede social, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto, disse que Bolsonaro contou “mentiras contra nossa democracia”.
"É uma pena que o Brasil não tenha um presidente que chame 50 embaixadores para falar sobre algo que interesse ao país. Emprego, desenvolvimento ou combate à fome, por exemplo. Ao invés disso, conta mentiras contra nossa democracia”, publicou.
O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), foi ainda mais duro e disse que, depois deste evento, o Brasil “não poderia se dizer integrante do grupo de países democráticos”.
“Nunca, em toda história moderna, o presidente de um importante país democrático convocou o corpo diplomático para proferir ameaças contra a democracia e desfilar mentiras tentando atingir o Poder Judiciário e o sistema eleitoral”, compartilhou Ciro.
O pré-candidato do PDT disse que Bolsonaro cometeu vários crimes de responsabilidade e que ele deveria ser retirado do cargo.
“Sei que se trata de uma tarefa delicada porque temos uma figura como Arthur Lira na presidência da Câmara, a quem caberia dar andamento a um pedido de impeachment. Não há mais paciência política nem armadura institucional capazes de suportar tamanho abuso. Muito menos complacência de se interpretar organização clara e deliberada de golpe como arroubos retóricos ou desatinos de um presidente desqualificado”, completou Ciro.
A senadora Simone Tebet (MDB) também endossou as críticas e disse que “o Brasil passa vergonha diante do mundo”.
“O Brasil passa vergonha diante do mundo. O presidente convocou embaixadores e utilizou de meios oficiais e públicos para desacreditar mais uma vez o sistema eleitoral brasileiro. Reforço minha confiança na Justiça Eleitoral e no sistema de votação por urnas eletrônicas”, publicou.