A Polícia Civil do Paraná descartou motivação política no assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, na madrugada do último domingo (10). O autor do crime, Jorge Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado.
Segundo a delegada Camila Cecconello, em coletiva na manhã desta sexta-feira (15) não é possível dizer que o crime ocorreu porque Guaranho queria impedir direitos políticos da vítima.
“Para você enquadrar em crime político, tem que ter alguns requisitos, como impedir ou dificultar a pessoa de exercer seus direitos políticos. É complicado a gente dizer que esse homicídio ocorreu porque o autor queria impedir o exercício dos direitos políticos da vítima”, disse a delegada.
“Quando ele chegou ao local, ele não tinha intenção de efetuar os disparos, ele tinha a intenção de provocar. E a gente avalia que a escalada da discussão entre os dois é que acabou fazendo com que o autor voltasse e praticasse o homicídio. Parece mais uma coisa que acabou virando pessoal entre duas pessoas que discutiram por razões políticas”, explicou Cecconello.
Guaranho foi ferido pelo guarda municipal, que também estava armado, e está internado em um hospital da cidade em estado grave. Ele teve prisão preventiva decretada na segunda-feira.
Segundo os investigadores, Guaranho fez quatro disparos, dos quais dois atingiram Marcelo Arruda. Por outro lado, o petista atirou 10 vezes, acertando quatro tiros contra o policial.