A esposa do guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, Pâmela Suellen Silva, afirmou que o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho chegou no local em que Arruda comemorava o aniversário de 50 anos muito alterado e atirando.
Pâmela disse que estava ao lado do companheiro e tentou acalmar os ânimos antes que a situação saísse do controle. Marcelo foi assassinado a tiros, Jorge está internado em estado grave.
“Ele gritava contra o PT. Aquela rivalidade extremista. Por volta de meia noite. Estava finalizando a festa, tinham 15 pessoas, ele estava manobrando o carro. De repente abriu o vídeo e começou a gritar: “PT lixo”, “Lula ladrão”, “Bolsonaro”. Marcelo foi conversar com ele, falando para ele sair porque ali era uma festa particular. Ele sacou a arma e apontou para o Marcelo. Tentei intervir, apaziguar a situação. Ele estava com esposa e filho bebê dentro do carro, muito alterado. A esposa pediu para que parasse. Ele falou que ia voltar e saiu com o carro. Poucos minutos depois ele voltou e saiu do carro atirando. Marcelo estava armado, ficou atento”, conta Pâmela.
“Estou sem chão, não sei nem o que falar. É uma extrema estupidez tudo que aconteceu. Perder o pai dos meus filhos por um extremismo ridículo”, desabafa a viúva.
Crime
Segundo o boletim de ocorrência, Guaranho tentou invadir o local e disse que voltaria. Arruda pediu que ele se retirasse e buscou uma arma no carro.
Logo depois que os convidados cantaram parabéns, o policial voltou armado e disparou no petista, que reagiu, mas morreu no local. Guaranho foi socorrido para o hospital e, segundo a delegada Iane Cardoso, está em recuperação e escoltado por policiais para ser preso.
Inicialmente, foi divulgado que Guaranho também teria morrido, mas a informação foi desmentida pela polícia. O ex-presidente Lula chegou a postar mensagem nas redes sociais lamentando as mortes.
Pelas câmeras, é possível ver que Arruda cai após ser baleado. Ele não resistiu aos ferimentos.