A hiperlipidemia é um problema silencioso. Geralmente, só é notada quando está em um quadro evoluído. Assim como em humanos, a condição também pode ser observada em pets, como cães.
A médica veterinária Márcia Jericó explica que a hiperlipidemia se trata da “elevação dos níveis das principais gorduras do sangue, colesterol e triglicérides, tanto em humanos, quanto em animais”.
Assim como para os humanos, o diagnóstico envolve a medição do colesterol e dos triglicérides no sangue do animal. “É importante que ele esteja em jejum de, no mínimo, 8 horas, e idealmente de 12 horas”, detalha a especialista.
Causas
Entre as causas da condição nos cães, a veterinária destaca:
- Obesidade;
- Uso de corticoides;
- Uso do anticonvulsivante fenobarbital;
- Algumas doenças, como diabetes, hiperadrenocorticismo e hipotireoidismo;
- Predisposição genética;
- Animais das raças Schnauzer, Yorkshire e Beagle têm maior propensão à condição.
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Tratamento
Uma vez detectada a hiperlipidemia, os veterinários adotam um protocolo de abordagem. “A primeira coisa é uma dieta pobre em gorduras. Isso, geralmente, também é visto em dietas para cães e pets obesos”, aponta Márcia Jericó.
Além da dieta restritiva, recomenda-se atividade física para os animais. Como última alternativa, caso as duas primeiras não apresentem resultados, são introduzidos os medicamentos. “Fibratos e diminuidores de colesterol, como a ezetimiba”, explica a veterinária.
Por fim, a médica-veterinária nutróloga da BRF Pet Mayara Andrade reafirma a importância de avaliar a alimentação do pet com hiperlipidemia. “Alimentos lights ou específicos para obesidade são boas opções. A alimentação correta considerando características individuais e ambientais dos animais pode ser uma grande aliada tanto da prevenção quanto do tratamento”.
* Sob supervisão de Enzo Menezes