O
Conselho de Segurança da ONU realizou, neste domingo (10), uma reunião de emergência para abordar o plano de Israel de tomar o controle da Cidade de Gaza. Países pediram sanções e os Estados Unidos acusou o Conselho de não por fim à guerra.
A reunião foi impulsionada por diversos países que criticaram o anúncio do plano, divulgado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na última sexta-feira (8). O Reino Unido, aliado próximo de Israel, se juntou a países como Dinamarca, Grécia, França e Eslovênia, e alertou que o plano israelense pode prolongar o conflito.
O novo plano propõe que
o exército israelense tome o controle da Cidade de Gaza, com o objetivo de derrotar o Hamas e libertar os reféns nas mãos do grupo islamista palestino.
“Só aprofundará o sofrimento dos civis palestinos em Gaza. Este não é um caminho para a solução. É um caminho para mais derramamento de sangue”, disse o embaixador adjunto britânico na ONU, James Kariuki.
O Brasil,
em nota divulgada pelo Itamaraty no sábado (9) que antecedeu à reunião, também criticou o novo plano e fez um apelo para a retirada das tropas israelenses.
Do outro lado, os
Estados Unidos, que são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, com direito ao veto, acusaram os países que apoiaram a reunião deste domingo de “prorrogar ativamente a guerra, ao difundir mentiras sobre Israel”.
A representante dos Estados Unidos na ONU, Dorothy Shea, afirmou que “Israel tem o direito de decidir o que é necessário para sua segurança e que medidas são apropriadas para pôr fim à ameaça que o Hamas representa”.
O embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, disse, também neste domingo (10), que “mais de dois milhões de vítimas estão sofrendo uma agonia insuportável”, qualificou os planos de Israel para a Cidade de Gaza como “ilegais e imorais” e pediu que seja permitida a entrada de jornalistas estrangeiros em Gaza.
Com informações da AFP