As autoridades de saúde dos
Estados Unidos suspenderam a licença de venda da vacina Ixchiq, contra o vírus chikungunya, após registros de efeitos colaterais graves. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (25) pela farmacêutica francesa Valneva, responsável pelo imunizante.
A suspensão, determinada pela Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA
(FDA), tem efeito imediato. Segundo a empresa responsável pela vacina, quatro novos casos de reações sérias foram identificados, três deles em pessoas entre 70 e 82 anos.
A Ixchiq foi aprovada em 2023 e é uma das duas vacinas contra o
chikungunya disponíveis nos EUA. A Agência Europeia de Medicamentos também revisa o uso do imunizante, especialmente em idosos.
Vacina no Brasil
A Anvisa aprovou, em abril deste ano, a mesma vacina Ixchiq, desenvolvida pela farmacêutica Valneva em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. A vacina é de dose única para pessoas com mais de 18 anos em risco elevado de exposição. O Ministério da Saúde ainda não incorporou a
vacina ao SUS.
Vírus Chikungunya
A chikungunya é transmitida por mosquitos e pode trazer complicações graves para bebês e idosos. Especialistas alertam que a doença tende a se expandir com a mudança climática, que amplia a presença dos mosquitos em novas regiões.
Recentemente a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre o risco de uma
nova epidemia global da Chikungunya. O Brasil lidera número de casos e mortes.
A doença, causada por um vírus e transmitida pelos mosquitos
Aedes aegypti e Aedes albopictus,
pode causar febre alta, dores articulares e, em casos mais graves, levar à morte.
Para se proteger, é importante manter o controle de vetores, com ações como esvaziar e limpar frequentemente recipientes com água parada, como vasos de plantas, baldes, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e descartar adequadamente o lixo.
*Com informações da AFP
*Sob supervisão de Marina Dias