A Defesa Civil de Gaza informou nesta segunda-feira (25) que 15 pessoas morreram em
ataques israelenses contra o hospital Naser, em Khan Yunis, no sul do território. Entre as vítimas estão cinco jornalistas e um membro da própria Defesa Civil. A emissora Al Jazeera afirmou que um de seus profissionais está entre os mortos.
Os jornalistas mortos de acordo com o G1, foram: o cinegrafista Hussam Al-Masri, contratado da agência Reuters, Mohammed Salama, da rede Al-Jazeera, do Catar, e o fotojornalista Moaz Abu Taha, o repórter Ahmed Abu Aziz e Mariam Dagga, que trabalhava para a agência Associated Press.
Guerra na Faixa de Gaza
A guerra na Faixa de Gaza começou em 7 de outubro de 2023, quando o grupo Hamas atacou Israel, matando 1.200 pessoas e sequestrando 251 reféns.
Em resposta, Israel iniciou uma ofensiva com bombardeios e tropas por terra para tentar libertar os reféns e enfraquecer o Hamas.
Desde então, a
Faixa de Gaza vive uma crise humanitária. Segundo a ONU, cerca de 1,9 milhão de palestinos foram deslocados, mais de 80% da população do território. O Ministério da Saúde de Gaza afirma que mais de 61 mil palestinos morreram, a maioria mulheres e crianças. Israel, por sua vez, diz que pelo menos 20 mil eram combatentes do Hamas.
Até agora, parte dos reféns foi libertada em dois acordos de cessar-fogo ou por operações militares. As autoridades estimam que cerca de 50 ainda estejam em Gaza, sendo aproximadamente 20 vivos.
A fome se agravou após mudanças na distribuição de suprimentos em maio. Segundo a
ONU, mais de mil pessoas morreram tentando conseguir alimentos. Na última sexta-feira (22), a organização declarou um cenário de fome em Gaza, alertando que mais de 500 mil pessoas enfrentam condições “catastróficas” no
território palestino. O anúncio ocorreu em meio às ameaças de Israel de destruir a maior cidade da região. Há também registros de mortes por inanição.
Israel afirma que a guerra só terminará com a rendição do
Hamas. O grupo, por sua vez, condiciona o diálogo à melhora da situação humanitária em Gaza.
*Com informações da AFP
*Sob supervisão de Marina Dias