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Ataque israelense a hospital em Gaza deixa 15 mortos, incluindo jornalistas

Bombardeio israelense atinge hospital no sul da Faixa de Gaza, segundo Defesa Civil

Ataque a hospital em Gaza deixa 15 mortos, incluindo jornalistas

A Defesa Civil de Gaza informou nesta segunda-feira (25) que 15 pessoas morreram em ataques israelenses contra o hospital Naser, em Khan Yunis, no sul do território. Entre as vítimas estão quatro jornalistas e um membro da própria Defesa Civil. A emissora Al Jazeera afirmou que um de seus profissionais está entre os mortos.

De acordo com a CNN, os jornalistas mortos foram Mohammad Salama, cinegrafista da Al Jazeera, Hussam Al-Masri, que era contratado da Reuters, e Mariam Abu Dagga, que trabalhou para a Associated Press e outros veículos de comunicação durante a guerra.

Abu Taha, jornalista freelancer, também foi morto no ataque, segundo o hospital.

Guerra na Faixa de Gaza

A guerra na Faixa de Gaza começou em 7 de outubro de 2023, quando o grupo Hamas atacou Israel, matando 1.200 pessoas e sequestrando 251 reféns.

Em resposta, Israel iniciou uma ofensiva com bombardeios e tropas por terra para tentar libertar os reféns e enfraquecer o Hamas.

Desde então, a Faixa de Gaza vive uma crise humanitária. Segundo a ONU, cerca de 1,9 milhão de palestinos foram deslocados, mais de 80% da população do território. O Ministério da Saúde de Gaza afirma que mais de 61 mil palestinos morreram, a maioria mulheres e crianças. Israel, por sua vez, diz que pelo menos 20 mil eram combatentes do Hamas.

Até agora, parte dos reféns foi libertada em dois acordos de cessar-fogo ou por operações militares. As autoridades estimam que cerca de 50 ainda estejam em Gaza, sendo aproximadamente 20 vivos.

A fome se agravou após mudanças na distribuição de suprimentos em maio. Segundo a ONU, mais de mil pessoas morreram tentando conseguir alimentos. Na última sexta-feira (22), a organização declarou um cenário de fome em Gaza, alertando que mais de 500 mil pessoas enfrentam condições “catastróficas” no território palestino. O anúncio ocorreu em meio às ameaças de Israel de destruir a maior cidade da região. Há também registros de mortes por inanição.

Israel afirma que a guerra só terminará com a rendição do Hamas. O grupo, por sua vez, condiciona o diálogo à melhora da situação humanitária em Gaza.

*Com informações da AFP
*Sob supervisão de Marina Dias

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Izabella Gomes é estagiária na Itatiaia, atuando no setor de Jornalismo Digital, com foco na editoria de Cidades. Atualmente, é graduanda em Jornalismo pela PUC Minas