O ativista Nico Calabrese, integrante da delegação brasileira na
De acordo com o ativista, a líder da flotilha
Ele também relatou momentos de tensão durante a detenção. De acordo com Calabrese, após chegarem em Israel, eles ficaram mais 15 horas sem comer. “Foi um dos momentos mais violentos. Fomos levados à força, com travas no braço e golpes na cabeça. Ficamos de joelhos no chão quente, olhando para a parede. Dois minutos de joelhos já é ruim, em horas, o tempo não passa”, disse.
“O trajeto do porto para a prisão foi o momento mais difícil. Tive os pulsos amarrados muito apertados e, ao mesmo tempo, os olhos vendados. Quando eu entro no carro-jaula (sic) eu ouço constantemente golpes. Estavam dando socos e tapas nos companheiros. Uma situação muito tensa. O sufoco da superlotação, cada vez mais pessoas entrando”
Nico também relatou ter tido os pertences confiscados. “Eu fui libertado e não tive acesso aos meus pertences, nem ao meu documento da Argentina, só o passaporte italiano. Nem à minha roupa, nem ao meu brinco, minha carteira, minha mochila, meu instrumento, minha calça, nada”, afirmou.
A mesma situação foi relatada
Israel, por outro lado,
Associando o nome dado as embarcações que tinham intenção de levar ajuda a Gaza ao grupo Hamas, a pasta disse na rede social X, antigo Twitter, que “as alegações sobre os maus-tratos de Greta Thunberg e outros detidos da flotilha Hamas-Sumud são mentiras descaradas.”
De acordo com a pasta, “todos os direitos legais dos detidos são totalmente respeitados.” O ministério ainda afirmou, sem apresentar provas, que a própria Greta e outros detidos se “recusaram a acelerar sua deportação e insistiram em prolongar sua permanência sob custódia.”
“Greta também não reclamou às autoridades israelenses sobre nenhuma dessas alegações ridículas e infundadas, porque elas nunca ocorreram”, continua o Ministério das Relações Exteriores de Israel em comunicado.
(Sob supervisão de Edu Oliveira)