MP pede condenação para Airbus e Air France por acidente do voo Rio-Paris em 2009

Airbus e Air France, absolvidos em primeira instância em 17 de abril de 2023, só podem ser condenados a uma multa máxima de 225 mil euros (R$ 1,42 milhão)

Radio France

O Ministério Público da França pediu condenação para a Airbus e a companhia aérea Air France devido ao acidente o voo Rio-Paris em 2009. A companhia e o fabricante foram julgados por homicídio culposo.

“Solicitamos a revogação da sentença que absolveu os acusados e, portanto, senhora presidente, pedimos que dite uma sentença condenatória por homicídio culposo”, declararam os dois procuradores-gerais em sua alegação, classificando como “indecente” a linha de defesa das duas empresas durante o julgamento no tribunal de apelação de Paris.

Airbus e Air France, absolvidos em primeira instância em 17 de abril de 2023 no caso do acidente do voo Rio-Paris AF447, no qual morreram 228 pessoas, só podem ser condenados a uma multa máxima de 225 mil euros (R$ 1,42 milhão).

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O acidente

Em 1º de junho de 2009, o voo AF447 entre Rio de Janeiro e Paris caiu no meio da noite no Atlântico, 3 horas e 45 minutos após a decolagem, causando a morte de seus 216 passageiros e 12 tripulantes. Foi o desastre mais mortal da história da Air France.

Os primeiros destroços, assim como corpos, foram encontrados nos dias que se seguiram, mas a fuselagem só foi localizada dois anos depois, em 2 de abril de 2011, a 3.900 metros de profundidade cercada por altos relevos subaquáticos, durante a quarta fase de buscas.

As caixas-pretas, recuperadas um mês depois, confirmaram que os pilotos, desorientados pelo congelamento das sondas de velocidade Pitot numa zona de convergência intertropical perto do Equador, não conseguiram recuperar a sustentação (estol) da aeronave, que caiu em menos de cinco minutos.

Após uma longa sucessão de perícias, os juízes de instrução arquivaram o caso em 29 de agosto de 2019. Indignados, familiares das vítimas e sindicatos de pilotos recorreram e, em 12 de maio de 2021, a Câmara de Instrução decidiu pelo processo por homicídios involuntários das duas empresas.

*Com AFP

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