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De acordo com Greta Thunberg, de 22 anos, o ataque não vai parar a missão humanitária. “Sabíamos dos perigos desse tipo de ataque. Não vão nos parar, trata-se de uma tática para nos assustar, de uma guerra psicológica, mas estamos muito determinados a continuar nossa missão”, disse a ambientalista.
O governo italiano e a Organização das Nações Unidas (ONU) se posicionaram em relação aos ataques. O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, informou que tenta mediar com o governo de Israel para permitir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
“O ministro está em contato com o governo israelense e apontou um mecanismo de mediação confiável”, disse uma fonte da Farnesina à agência Ansa. “O governo italiano está examinando todas as opções para evitar novas ações ofensivas contra os barcos da flotilha”, acrescentou.
Já o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu o fim dos “ataques” contra a flotilha nesta quarta-feira (24). O órgão pede ainda uma investigação independente.
“Deve ser realizada uma investigação independente, imparcial e exaustiva sobre os ataques e o assédio que foram denunciados”, declarou um porta-voz do Alto Comissariado, Thameen Al Kheetan, enquanto os ativistas pró palestinos da frota afirmam ter sido alvo de “explosões e múltiplos drones” frente à Grécia.
Ataques na madrugada
Durante a madrugada desta quarta-feira (24), a Flotilha Global Sumud denunciou que vários dos barcos foram atingidos por “múltiplos drones”, enquanto atravessavam a costa da Grécia. De acordo com os integrantes da frota, houve o lançamento de “objetos não identificados”, diversas explosões e bloqueios de comunicações.
“Eles miraram os menores barcos de nossa missão para destruir suas velas”, apontou o brasileiro Thiago Ávila, um dos coordenadores da iniciativa.
Flotilha rumo à Faixa de Gaza
A Flotilha Global Sumud iniciou viagem em direção à Faixa de Gaza no dia 19 de setembro, após múltiplos documentos. O grupo saiu de Barcelona, na Espanha, e já havia denunciado os ataques com drones em frente à Tunísia.
As embarcações têm a intenção de chegar à Gaza para fornecer ajuda humanitária e “romper o bloqueio israelense” contra o enclave palestino, depois de duas tentativas bloqueadas por Israel em junho e julho.
Na segunda-feira (22), Israel afirmou que não permitiria que as embarcações chegassem à Gaza. O governo propôs que o grupo atracasse em Ashkelon, mais ao norte deste território.
Guerra em Gaza
Israel iniciou na última terça-feira (16) uma
A guerra começou em 7 de outubro de 2023, quando milicianos islamitas mataram 1.219 pessoas, a maioria civis, em Israel, segundo dados oficiais.
A campanha de retaliação israelense matou mais de 65.200 palestinos na Faixa de Gaza, também em sua maioria civis, segundo números do Ministério da Saúde do território - governado pelo Hamas -, que a ONU considera confiáveis.
*Com agências
(Sob supervisão de Edu Oliveira)