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Helicóptero que bateu em avião nos EUA voava abaixo do permitido, diz investigação

Investigadores constataram que a aeronave voava cerca de 30 metros mais alto do que o permitido no espaço aéreo, no entanto, os motivos ainda não estão claros

Parte dos destroços é vista enquanto barcos de resgate vasculham as águas do Rio Potomac após colisão entre avião e helicóptero nos EUA.

O helicóptero do Exército que colidiu com um avião comercial em Washington D.C, nos Estados Unidos, na quarta-feira passada, voava acima da altitude permitida, segundo investigadores do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes.

Na ocasião, 67 pessoas - 64 do avião e 3 do helicóptero - morreram. O avião havia partido de Wichita, no Kansas, e pousava em Washington, enquanto o helicóptero realizava um voo de treinamento que saiu da sede do 12º Batalhão de Aviação, em Fort Belvoir, na Virgínia.

Segundo o New York Times, investigadores constataram que a aeronave voava cerca de 30 metros mais alto do que o permitido no espaço aéreo, no entanto, os motivos ainda não estão claros.

A hipótese dos investigadores é que o Black Hawk - usado para várias funções tanto no Exército americano, quanto em outros ao redor do mundo - estivesse lidando com condições complexas de voo, ao redor do Aeroporto Nacional Ronald Reagan, em Washington. Além disso, o modelo da aeronave era mais antigo e não tinha certas tecnologias de segurança na cabine.

Aquele é um local de alto risco para voar, segundo especialistas.

As aeronaves colidiram a 91m do solo, o que fez os investigadores levantarem perguntas sobre isso, uma vez que o helicóptero não estava autorizado a voar mais alto que 60m acima do solo.

Os três pilotos a bordo do helicóptero eram autorizados a voar naquela região. Porém, as autoridades da aviação não permitem que essas aeronaves voem acima dos 60m. Com isso, é fornecido pouco espaço para manobrar em caso de emergência, fazendo com que os pilotos tenham que se mover para cima para realizá-las.

Na semana passada, por volta das 20h46 do horário local de quarta-feira, um controlador de tráfego aéreo avisou a tripulação do helicóptero de que um avião estava por perto. O avião havia sido direcionado da Pista 1, a que normalmente era usada, para a Pista 33.

Uma das possibilidades é de que a pilota, Rebecca Lobach, estivesse no assento da direita do avião, garantindo uma posição ruim para visualizar o voo da American Airlines, que estava à esquerda dela.

Apesar disso, as circunstâncias do acidente ainda intrigam especialistas e os investigadores.

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O acidente

Um avião da companhia aérea American Airlines colidiu com helicóptero militar na semana passada, em Washington D.C, nos Estados Unidos. Todas as 67 vítimas - 64 no avião e 3 no helicóptero - morreram, segundo um porta-voz do Corpo de Bombeiros.

O acidente ocorreu por volta das 21h do horário local, sendo 23h do horário de Brasília, em uma área próxima ao Aeroporto Nacional Ronald Reagan. No momento do acidente, o helicóptero fazia um voo de treinamento com três soldados, segundo a Associated Press, enquanto o avião havia saído de Wichita, no Kansas, e pousava em Washington.

Entre os 67 mortos estão patinadores artísticos dos Estados Unidos e da Rússia, incluindo o casal Evgenia Chichkova e Vadim Naumov, campeões mundiais em 1994.

Um controlador de tráfego aéreo da plataforma FlightRadar flagou o momento do acidente. As duas aeronaves seguiam em linha reta e, em certo ponto, viram para o lado, em uma possível tentativa de desvio. Porém, tanto o avião quanto o helicóptero fizeram a curva para o mesmo lado e bateram.

John Donnelly, chefe dos Bombeiros, afirmou que 300 socorristas enfrentaram condições frias, ventos fortes e gelo na água durante o resgate, que ocorreu por toda a madrugada de quinta-feira (30).

Testemunhas relataram que viram uma ‘grande bola de fogo’ na hora da colisão. O marido de uma vítima revelou à imprensa americana que recebeu uma mensagem da esposa dizendo que pousaria em 20 minutos.


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Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.