Em cumprimento da primeira fase do
Imagens mostram cidadãos palestinos correndo para abraçar os ex-prisioneiros, enquanto eles chegavam de ônibus. Ao redor do Hospital Nasser, em Khan Younis, no Sul da Faixa de Gaza, milhares de pessoas se reuniram para aguardar a chegada dos presos libertados.
Próximo ao hospital, alto-falantes tocavam músicas que celebravam a causa nacional palestina. Os prisioneiros libertos passarão por exames médicos nas instalações hospitalares.
Uma mulher, que pediu para ser identificada como Um Ahmed, disse à Reuters que, apesar da alegria da libertação, ela ainda tinha “sentimentos contraditórios” sobre o dia.
“Estou feliz por nossos filhos que estão sendo libertados, mas ainda estamos sofrendo por todos aqueles que foram mortos pela ocupação e por toda a destruição que aconteceu em nossa Gaza”, falou.
O acordo de libertação não inclui comandantes graduados do Hamas ou figuras emblemáticas de outras facções. O médico Samer Halabeya libertado da prisão onde cumpria pena por planejar um ataque que feriu um oficial israelense contou que só soube do acordo muito tempo depois de ele ter sido assinado.
“Esperamos que todos sejam libertados”, disse ele à Reuters, ao lado da mãe, que chorava. Outro liberto, Mohammad Al-Khatib, disse que não conseguia acreditar que logo estaria reunido com a família em Belém.
Al-Khatib passou 20 anos em uma prisão por ter matado três israelenses. “Sempre tivemos esperança, por isso continuamos firmes”, disse Khatib à Reuters.
Em um comunicado, o serviço prisional israelense afirmou que “1.968 terroristas foram transferidos de várias prisões do país para as prisões de Ofer e Ktziot”.
“Após a conclusão das atividades necessárias nas prisões e a aprovação das autoridades políticas, todos os terroristas foram libertados da prisão de Ofer para (a Cisjordânia) e Jerusalém Oriental, e da prisão de Ktziot para Kerem Shalom”, acrescentou, referindo-se a uma das travessias para a Faixa de Gaza.
Acordo e liberação de reféns
Todos os
Os corpos de 28 reféns falecidos permanecem em Gaza, mas devem ser devolvidos pelo Hamas, de acordo com os termos do acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA. Os reféns haviam sido sequestrados pelo Hamas durante os ataques de 7 de outubro de 2023.
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*Com AFP e CNN
(Sob supervisão de Alex Araújo)
