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Apenas 4 dos 28 reféns mortos pelo Hamas serão entregues às famílias nesta segunda (13)

Vinte reféns vivos foram libertos pelo grupo como parte do acordo para cessar-fogo em Gaza; 28 corpos deveriam ser devolvidos às famílias

Nesta vista aérea, pessoas caminham em meio à destruição na Cidade de Gaza, no norte da Faixa de Gaza, em 11 de outubro de 2025, um dia após a entrada em vigor de um cessar-fogo.

A organização comunitária “Bring Them Home Now” (Tragam eles para casa agora, em tradução livre), também chamada de Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas, denunciou que apenas quatro dos 28 corpos de reféns mortos pelo Hamas serão entregues às famílias nesta segunda-feira (13).

O grupo libertou 20 reféns vivos que foram capturados no dia sete de outubro de 2023 e deveria entregar corpos e restos mortais dos 28 falecidos às famílias. Porém, apenas quatro serão entregues.

“Isso representa uma violação flagrante do acordo pelo Hamas. Esperamos que o governo israelense e os mediadores tomem medidas imediatas para corrigir essa grave injustiça”, afirmou a organização.

“As famílias dos reféns falecidos estão passando por dias especialmente difíceis, cheios de profunda tristeza. Não abandonaremos nenhum refém. Os mediadores devem fazer cumprir os termos do acordo e garantir que o Hamas pague o preço por essa violação”, concluiu.

Vale lembrar que na quinta-feira passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia dito que o processo de recuperação dos corpos de reféns mortos seria “complicado”.

“Recuperá-los é um processo complicado. Prefiro não dizer o que eles precisam fazer para recuperá-los. Há lugares onde você não quer estar, mas vamos recuperar os reféns na terça, segunda ou terça-feira, e esse será um dia de alegria”, afirmou o presidente.

Autoridades de Israel e do Hamas não comentaram a acusação da organização. O ataque de sete de outubro matou cerca de 1.200 pessoas, e cerca de 250 foram feitas reféns. Já em Gaza, mais de 67 mil pessoas morreram durante a ofensiva israelense, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

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Reféns libertados

Como parte da primeira fase do acordo de paz para Gaza, o Hamas libertou 20 reféns israelenses nesta segunda-feira (13). Eles estavam detidos desde o ataque de sete de outubro de 2023, quando se iniciou o conflito na região.

Os reféns libertados são:

  • Rom Braslavski, de 21 anos;
  • Evyatar David, de 24 anos;
  • Omri Miran, de 48 anos;
  • Alon Ohel, de 23 anos;
  • Os Gêmeos Gali e Ziv Berman, de 28 anos.

Casos com Libertações Anteriores:

  • Ariel Cunio, de 28 anos;
  • David Cunio, de 33 anos;

Outros civis:

  • Elkana Bohbot, de 36 anos;
  • Guy Gilboa-Dalal, de 24 anos;
  • Segev Kalfon, de 26 anos;
  • Bar Kupershtein, de 23 anos;
  • Eitan Mor, de 25 anos;
  • Yosef-Chaim Ohana, de 24 anos;
  • Maxim Herkin, de 37 anos;
  • Avinatan Or, de 32 anos;
  • Eitan Horn, de 38 anos;
  • Matan Zangauker, de 25 anos.

"É oficial: não há mais reféns israelitas vivos no cativeiro do Hamas”, celebraram as Forças de Defesa de Israel.

Trump discursa em Israel

Depois do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, Donald Trump discursou no parlamento. Ele afirmou que o momento representa o “fim de uma era de terror e morte” e que é o “início de uma harmonia duradoura”.

O presidente norte-americano afirmou, ainda, que resolveu “oito guerras em oito meses” e ironizou uma fala da ex-secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton.

“Eu consegui resolver oito guerras em oito meses. Sabe o que isso me lembra? Uma fala de Hillary Clinton. Na época, ela disse: ‘Ele vai acabar com o mundo, ele vai causar mais guerra’. Mas a minha personalidade é de acabar com a guerra, Hillary. Nossa atitude é que não vamos causar nenhuma guerra. Nós vamos vencer, como sempre. Não queremos ser politicamente corretos, é a paz por meio da força”, relembrou.

Por ter trabalhado pelo cessar-fogo, Trump receberá a mais alta honraria concedida por Israel.

‘Trump é o maior amigo de Israel’, diz Netanyahu

O primeiro-ministro de Israel, durante discurso feito no Parlamento israelense nesta manhã, celebrou o retorno dos reféns e agradeceu a Donald Trump pelos esforços para finalizar o confronto em Gaza.

“Hoje, agradecemos sua liderança fundamental e uma proposta que trouxe todos os nossos reféns de volta para casa — uma proposta que abre as portas para uma expansão histórica da paz. Estou comprometido com essa paz, assim como você. E juntos, vamos alcançá-la”, disse.

Antes, ele havia feito uma carta assinada em conjunto com a esposa, Sara, que foi entregue aos reféns junto com um kit de recepção. “Bem-vindos de volta”, disse o premiê.

Os reféns foram entregues à Cruz Vermelha e levados à instalação militar de Re’im, onde passaram por avaliação médica e se encontraram com as famílias. Israel também libertará prisioneiros palestinos detidos durante a guerra.

Formada pela PUC Minas, é repórter da editoria de Mundo na Itatiaia. Antes, passou pelo portal R7, da Record.