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Especialista revela fatores que podem ter causado colisão entre avião e helicóptero nos EUA

Helicóptero do Exército dos EUA colidiu com avião comercial com 64 pessoas a bordo; ambos os voos estavam em seus respectivos “padrões de voo padrão”

Parte dos destroços é vista enquanto barcos de resgate vasculham as águas do Rio Potomac após colisão entre avião e helicóptero nos EUA.

Em entrevista à Itatiaia duranta a manhã desta quinta-feira (30), o sócio Diretor da VelAir Escola de Aviação Civil, Estevan Velasquez, explicou que vários fatores podem ter causado o acidente entre um helicóptero militar e um avião durante a noite dessa quarta-feira (29), na cidade de Washington DC, nos Estados Unidos.

Segundo o especialista, durante a preparação dos pilotos, um fator determinante é a postura de quem está à frente da cabine.

“Por exemplo, um piloto, um mecânico, um controlador. Todos são partes de um dominó, são importantíssimos, talvez eles possam evitar algum tipo de acidente”, começou dizendo.

Analisando o acidente, que, conforme autoridades locais, a colisão sobre o Rio Potomac é o desastre aéreo mais mortal nos EUA desde 2001, Estevan disse que a mudança de rota da aeronave também pode ser um dos fatores causadores do acidente.

“Outro fator que pode ter contribuído é que o avião se aproximava de uma pista que era a pista 01. Porém, no áudio, a torre solicita que ele faça o que a gente chama de circular para pousar em outra pista. Isso é quando a aeronave está aproximando para uma pista, mas em um determinado ponto ela sai dessa rota para pousar em outra” disse ele.

“Logo após isso, ela solicitou que a aeronave pousasse na pista 33, sendo um pouco à direita. Nesse momento, ela deixa o eixo da pista 01 e a aeronave aceita, já que a torre mandou. Depois disso, o avião curva à direita e se coloca na direção da pista 33. Que é nesse momento que o helicóptero vem em sua direção e não desvia e acontece a fatalidade”, detalhou ele, dentro das informações constadas.

Estevan relata ainda que, dentro das tantas possibilidades que podem ter contribuído para o acidente, apenas uma investigação conseguirá afirmar o fato determinante.

“O final infelizmente é uma fatalidade. Muitas vidas perdidas. A gente sempre sente muito, ainda mais na viação. Os aviões são tão seguros, que esse tipo de acidente não minimiza isso. Principalmente com um avião comercial como esse”, afirmou o especialista em aviação.

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Em coletiva de imprensa durante a manhã desta quinta-feira (30), o CEO da American Airlines disse que não sabe “por que o helicóptero militar entrou no caminho da aeronave PSA”.

“Até o momento, não sabemos por que a aeronave militar entrou no caminho da aeronave PSA”, disse o CEO da American Airlines, Robert Isom. Ele completou dizendo que tanto o avião como o helicóptero estavam realizando um “padrão de voo”.

Autoridades dos Estados Unidos acreditam que não há sobreviventes do acidente. A declaração foi dada pelo chefe do Corpo de Bombeiros, John Donnelly.

“Agora temos que tentar entender o que aconteceu e fazer o melhor, estudar aquilo, pegar os fatores que contribuírem, espalhar para a comunidade, criar novas regras, criar novos parâmetros para que nunca mais, pelo menos daquela forma, aconteça”, finalizou o especialista.


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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.