O Sindicato dos Rodoviários de Juiz de Fora (SINTTRO) emitiu um posicionamento devido ao
Segundo o SINTTRO, há um diálogo entre a empresa e a Prefeitura sobre a sobrecarga de trabalho e a pressão em cima dos trabalhadores, além das más condições de trafegabilidade em algumas vias.
A Itatiaia entrou em contato com o vice-presidente do SINTRO, Claudinei Janeiro, que explica que o sindicato promove diálogo entre a empresa e a Secretaria de Mobilidade Urbana (SMU) e a Prefeitura.
“O sindicato, a SMU e a empresa se reúnem quinzenalmente no prédio da Prefeitura para discutir questões relacionadas ao transporte coletivo em Juiz de Fora. Nas reuniões, buscamos identificar falhas no sistema e propor soluções para os problemas existentes. Em um desses encontros, a situação da linha que atende ao bairro Niterói, foi um dos pontos de pauta e gerou preocupação. A utilização de micro-ônibus na linha já indica que o percurso não comporta veículos de maior porte.” destaca.
O vice-presidente também informou sobre a pressão sobre os trabalhadores.. “A direção do sindicato tem cobrado constantemente a prefeitura e a empresa sobre a sobrecarga e a pressão nos trabalhadores, principalmente por causa dos horários, que são muito deficitários em quase 200 linhas. Pedimos que esses horários sejam revistos para dar mais tranquilidade pro motorista. O que está no papel não condiz com o percurso nem com o trânsito, e o trabalhador acaba pressionado a cumprir algo que tecnicamente é inviável.
Questionado se a falta de cobradores agrava a sobrecarga do motorista, o sindicato não se manifestou. A Itatiaia também entrou em contato com a Prefeitura, que informou que aguarda laudo pericial do acidente para emitir um posicionamento.
Confira a íntegra da nota do SINTRO
“O Sindicato dos Rodoviários de Juiz de Fora, vem por meio desta nota se posicionar sobre o acidente ocorrido nesta segunda-feira (19). De antemão, manifestamos o nosso pesar pelo acidente e pela perda trágica de uma vida e também queremos resguardar a defesa do trabalhador que conduzia o veículo. Este Sindicato reiteradas vezes vem cobrando a empresa e a Prefeitura a sobrecarga de trabalho e a pressão em cima dos trabalhadores, além das más condições de trafegabilidade em algumas vias, como na que ocorreu o acidente. A própria linha 300 que serve ao bairro Niterói já foi motivo de conversas e preocupação por parte do Sindicato quanto a sua condição técnica, por ser em via de estrada de terra estreita, com pontos críticos. O uso do modelo de micro-ônibus nela já demonstra que os carros de maior tamanho já não são suportados, visto outros acidentes já ocorridos no trecho. O bom trabalho do motorista não só depende da sua dedicação e responsabilidade, mas também das condições dadas pela empresa nos ônibus e pela Prefeitura na elaboração técnica do traçado da linha e a manutenção das vias. Estamos fazendo a nossa parte, cobrando e acompanhando a apuração real dos fatos, dando assistência junto à família na agilização do atendimento hospitalar do trabalhador e iremos resguardar a sua pronta defesa na apuração do acidente.”
Transferência de dois dos feridos
O motorista do transporte coletivo, de 48 anos, foi transferido para o Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ), para receber atendimento especializado em ortopedia e passar por exames complementares. Um dos passageiros, um idoso de 64 anos, foi transferido para a Santa Casa de Misericórdia.
Permanecem no Hospital de Pronto Socorro, as duas mulheres, de 31 e 49 anos, que seguem estáveis e aos cuidados médicos.
O
Este é o segundo acidente grave com ônibus urbano em menos de uma semana. No dia 14 de maio, um ônibus tombou às margens do Rio Paraibuna, no Acesso Norte. Duas mulheres ficaram feridas. O caso é investigado pela Polícia Civil.
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