Ouvindo...

Kaol: você sabe a história do nome do famoso prato belo-horizontino?

Criado pelo Café Palhares, nome do prato surgiu de forma espontânea

Quem é de Belo Horizonte vai logo matar essa charada: você sabe o que significa Kaol? A sigla significa cachaça, arroz, ovo e linguiça e foi criada pelo compositor Rômulo Paes.

Frequentador assíduo do Café Palhares, que existe há mais de oito décadas no centro da capital mineira, Paes sempre pedia para comer o prato dos funcionários: arroz com ovo e linguiça. A história se espalhou e o dono, seu Neném, se viu obrigado a incluí-lo no cardápio da casa. Isso aconteceu nos anos 50.

Leia também

O Ka, sim, porque Kaol é escrito com K, foi usado apenas para dar mais pompa ao prato, mas representa a cachaça. Com o passar do tempo, muitos passaram a dispensar a branquinha como aperitivo, e a cachaça foi substituída pela couve. Hoje, o Kaol é servido com farofa e torresmo. E pode ser acompanhado de pernil, carne cozida, dobradinha, língua ou com a tradicional linguiça.

O Café Palhares fica na Rua Tupinambás, 638, e é comandado pelos filhos de seu Neném, João Lúcio e Luiz Fernando, e pelo André, neto do fundador.

Participe do canal da Itatiaia no Whatsapp e receba as principais notícias do dia direto no seu celular. Clique aqui e se inscreva.

Carolina Daher é jornalista, curadora do Fartura - Comidas do Brasil. Colunista da Revista Encontro, é responsável pela Encontro Gastrô, maior premiação gastronômica de Belo Horizonte. Escreve sobre cultura alimentar para CNN. Com passagens pelas revistas Veja, Playboy e Estilo vive nas Gerais e caminha pelo mundo em busca de histórias e sabores. Formada em gastronomia, é pesquisadora e cozinheira de comida boa.