Os familiares do gari Laudemir de Souza Fernandes foram homenageados pelo
Em um camarote do estádio, a filha Nicolly e a companheira Liliane receberam uma camisa das mãos de Pedro Lourenço, gestor da SAF do clube. Além delas, outros familiares, como a mãe, amigos e colegas de profissão também participaram do ato.
Durante o encontro, a locução do Mineirão convocou a torcida do Cruzeiro para saudar e aplaudir Laudemir. Seu rosto e seu nome foram projetados no telão do estádio, enquanto milhares de cruzeirenses celebravam sua memória.
Cruzeiro era paixão de Laudemir
Liliane França, companheira de Laudemir, destacou a felicidade pela homenagem e reforçou o amor que o gari tinha pelo Cruzeiro.
“É muito bom, porque o Lau era cruzeirense, nunca tinha vindo ao jogo. Receber essa homenagem é muito bom, traz alívio para o coração da gente”, iniciou Liliane.
“Ele gostava (do Cruzeiro). Tinha um boné, gostava de ver o jogo, só não tinha muito tempo para vir aos jogos, mas gostava!”, concluiu.
Solidariedade de Pedro Lourenço
Pedro Lourenço lamentou o acontecido e prestou solidariedade aos familiares. Além disso, colocou o Cruzeiro como aliado nesse momento de dor e revolta.
“Momento triste e lamentável, essa situação que a família está passando. Ter o filho, pai, marido ser assassinado brutalmente da forma que foi. É triste conviver com isso”, disse Pedrinho.
“O Cruzeiro está aqui na ajuda e nessa briga com eles, que não é fácil. Que Deus ilumine todos eles”, completou.
Protesto e busca por justiça
Colegas de profissão de Laudemir foram ao Mineirão vestidos como uniformes de garis. Além de homenagear o amigo, eles aproveitaram a oportunidade para protestar por melhores condições de trabalho à classe.
“Nós não temos visibilidade nenhuma! Hoje, pela fatalidade que aconteceu com o Laudemir, nós estamos tendo a visibilidade. Nós vamos lutar por justiça para não deixar esse caso ficar impune”, disse Kirk Douglas, de 38 anos, que trabalhava com Laudemir.
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Entenda o caso
Conforme Boletim de Ocorrência (BO), o crime foi cometido por volta das 9h03 do dia 11 de agosto, na rua Modestina de Souza, no bairro Vista Alegre. Laudemir trabalhava na coleta de resíduos quando Renê, que dirigia um BYD de cor cinza, se irritou, alegando que o veículo atrapalhava o trânsito.
Segundo testemunhas, Renê apontou a arma para a motorista do caminhão e ameaçou atirar no rosto dela. Em seguida, passou pelo caminhão, desceu do carro com a arma em punho, deixou o carregador cair, recolocou-o e atirou contra o gari. A bala atingiu a região das costelas do lado direito, atravessou o corpo e se alojou no antebraço esquerdo. Renê foi preso horas depois, ao chegar à academia.
Inicialmente, ele negou o crime. Porém, após o ocorrido, confessou à polícia ter assassinado o gari.